Pela tarde desta quinta-feira (9) professores e alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Parauapebas, foram às ruas da “Capital do Minério” para protestarem contra cortes de verbas promovidos pelo governo federal aos institutos federais e universidades federais, bem como reivindicar aumento salarial aos professores e técnicos, o que não acontece há mais de cinco anos. O ato não foi só local, mas também evoluiu a nível nacional.

Conforme Caio Santana, estudante do curso técnico integrado ao ensino médio, “o IFPA é um corpo que coopera para o bem social, educação, ciência, tecnologia e projetos de expansão. Cortes nas verbas federais das instituições de ensino e nas bolsas de alunos estão agredindo a educação. Estamos protestando em todo o Brasil pois esse tipo de loucura interfere diretamente nas manutenções dos Institutos e Universidades Federais de todo o País, bem como os auxílios a alunos expostos a vulnerabilidade socioeconômica”.

O professor Frederich Andrade, de história, afirma que cortes na educação estão sendo feitos nos últimos anos, contudo, novos cortes foram anunciados recentemente para os orçamentos das universidades federais, institutos federais e cefetes. “O protesto acontece para que tais cortes sejam revistos e o bloqueio dessa verba seja retirado”. Frederich ressaltou que os vencimentos de professores e técnicos não têm reajustes há mais de cinco anos, tornando a situação dos educadores praticamente inviável”.

Vale relembrar que os professores do IFPA Parauapebas aderiram a greve exposta em diversos institutos federais espalhados por todo o Brasil.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – Sintepp Subsede de Parauapebas também esteve na movimentação. O presidente Raimundo Moura enfatizou que os cortes na educação  afetam diretamente o bom funcionamento das universidades e IFPA’S, devido a isso, os números de vagas e investimentos estão sendo reduzidos.

O ato nacional e local foi contra cortes na educação; revogação da Emenda Constitucional 95 que limita os gastos em educação; contra a PEC 32 que é privatista e patrimonialista e que chama de
“modernização” a precarização das relações de trabalho no serviço público e recomposição salarial de 19,99% dos trabalhadores da educação federal.

A greve e o protesto pressionam o governo federal para que ouça os professores e abra a mesa para negociação.

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