A situação da educação em Parauapebas é simplesmente calamitosa. A Secretaria de Educação de Parauapebas (Semed), responsável em “tese” por suprir necessidade da educação básica da “Capital do Minério”, esqueceu qual é de fato o seu papel e se tornou um antro de supostas irregularidades e desvios de recursos públicos.
Falta seriedade na pasta gerida por José Leal, que tem como sua tutora a vereadora emedebista Eliene Soares. Recentemente, a Semed foi alvo de uma operação do Ministério Público do Pará que fiscalizou denúncias referentes a falta de merenda escolar nas Escolas Municipais Luiz Magno, Plácido de Castro e Nelson Mandela, escolas da rede municipal de ensino de Parauapebas.
Durante a inspeção realizada pelo 4ª Promotor de Justiça de Parauapebas Alan Pierre Chaves Rocha, foi constatada a falta de alguns tipos de alimentos, como proteínas. O cardápio é constantemente adaptado, havendo assim, repetições de certos tipos de merenda, sendo esta a solução encontrada por gestores para que não haja interrupção das aulas por falta de alimentação.
Mas o que está havendo na Semed? Seria falta de recurso? A resposta é NÃO. Só no ano de 2023, duas empresas em especial, pertencentes a pai e filha faturaram mais de R$ 3 milhões com fornecimento de merenda escolar e aluguéis de prédios para a pasta da educação. Evaldo Costa de Sousa (E. C. de Sousa Empreendimentos LTDA) e sua filha Bruna Barbosa de Sousa (BRUNA B. DE SOUSA COM. ATACADISTA DE PROD. ALIMENTOS LTDA) têm sido favorecidos em dispensas de licitação, garantindo contratos bem lucrativos. No mesmo prédio intitulado Sousa Empreendimentos, situado ao bairro União, funcionou a empresa de Evaldo e também um departamento da Semed.
Situações de favorecimentos que sustentam uma suposta lavagem de dinheiro estão provocando a atenção do Ministério Público que já planeja mais ações em diversas secretarias.
É bom ressaltar que essa “malha” que movimenta milhões retirados da máquina pública é a mesma que prejudica o desenvolvimento escolar de alunos da rede pública, como também retira investimentos nos prédios no que tange a estrutura escolar.
Voltaremos com outra matéria em breve, desta feita, falando da situação deplorável do transporte dos alunos da rede municipal e a “teia” de interesses financeiros.
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