Aos poucos, as aulas da rede municipal de ensino começam a retornar em Parauapebas. Alguns professores já estão dando aulas e alunos começaram nesta sexta-feira (20) uma nova rotina para compensarem os dias perdidos. Já foram 17 dias de greve, que prejudicaram aproximadamente 48 mil alunos.

Conforme informações repassadas ao Papo Carajás pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (Semed), apesar da resistência de alguns educadores grevistas, até ontem (19), cerca de 25 escolas municipais estavam funcionando normalmente, é possível que mais de 30 funcionaram normalmente nesta sexta-feira (20). Ao todo, são 68.

A grande maioria dos educadores lotados na pasta já estão em atividade. O novo calendário de aulas prevê aulas aos sábados para que o ano letivo seja encerrado em conformidade.

Grevistas descumprem o TAC

Mas a greve continua para alguns professores liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), descumprindo a ordem da desembargadora Luzia Nadja Guimarães do Tribunal de Justiça do Pará, que deu parecer favorável a Prefeitura Municipal de Parauapebas na semana passada.

Recentemente, alguns grevistas acampam nas dependências da Prefeitura Municipal de Parauapebas. Na manhã desta sexta-feira (20), até uma mesa de sinuca foi colocada na frente do prédio. Alguns professores se divertiam encaçapando bolas enquanto alunos continuam em casa sem aula.

Nem mesmo uma multa de R$ 5 mil diária assombrou o Sintepp. Rosemiro Laredo Fiel, presidente do Sintepp Subsede Parauapebas, já havia informado a imprensa anteriormente que por mais que tenha assinado o TAC com a PMP na presença do Ministério Público, quem decide pelo fim da greve é a categoria.

Como tudo começou

O não rateio do precatório referente a indenização do Fundef foi o grande X da questão greve.

Depois que tomaram conhecimento de que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA) emitiu medida cautelar suspendendo a tramitação, o que impediu a Prefeitura de Parauapebas e a Câmara Municipal de darem prosseguimento ao rateio do precatório, a relação entre Sintepp e PMP azedou de vez. Ficou decidido que o recurso de R$ 30 milhões será 100% investido na rede pública de educação.

Vamos aguardar os próximos capítulos desta novela.

 

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