A Polícia Civil segue investigando o crime brutal que chocou o município de Marituba no último sábado (18), quando Marielza Rodrigues Ferreira, de 38 anos, foi presa por matar uma mulher em situação de rua grávida para roubar o bebê que ela estava gerando em seu ventre. Após matar Clarita de Souza, Marielza foi detida em flagrante no hospital Divina Providência, enquanto se passava pela mãe da criança. Agora a polícia se dedica a descobrir se mais pessoas participaram do crime.

Antes do dia nascer, algumas pessoas da agrovila São Pedro, em Marituba, ouviram gritos. Pouco depois, Marielza começou a pedir ajuda a vizinhos para que a levassem ao hospital, pois ela havia acabado de ter o bebê, e os vizinhos ajudaram. Chegando ao hospital, os funcionários começaram a desconfiar do caso, pois a mulher só queria atendimento ao bebê e não se permitia ser sequer examinada. Horas depois, policiais militares e civis foram acionados, porque moradores viram sangue escorrendo pela porta da casa de Marielza. Os policiais entraram na casa e o corpo da vítima foi encontrado debaixo de uma cama, com várias perfurações e um ferimento profundo no ventre.

Segundo o delegado Cláudio Galeno, chefe da Divisão de Homicídios, a presa confessou que conhecia a vítima. “Ela passou pedindo uma sandália, pois ela era andarilha, e a Marielza a convidou para sua casa. Chegando lá, Marielza perguntou se ela estava grávida, pois tinha perdido um filho há cerca de dois, quando estava grávida de três meses. A moça disse que esse era seu quinto filho, e todos ela tinha dado, mas, segundo a Marielza, ela disse ‘mas esse eu não vou te dar'”, explica Galeno, que diz que, nesse momento, começaram as agressões que levaram à morte de Clarita.

Depois de Clarita perder os sentidos, Marielza perfurou a barriga da moça com uma faca e arrancou a criança. Segundo o delegado Thiago Diniz, delegado que atendeu o caso, Marielza segue à disposição da justiça, após sua prisão ser convertida de flagrante para preventiva. O namorado da acusada foi um dos entrevistados que ajudou a entender as motivações do crime.

“Ele foi ouvido na condição de testemunha, liberado em seguida. Ela acabou confessando, e pelas circunstâncias, foi um crime premeditado, pois ela inclusive conhecia a vítima”, explica. Apesar de viver vagando pelas ruas de Marituba, a vítima tinha família, que foi acionada pela assistente social do Conselho Tutelar para resolver o destino da criança, que segue internada, mas passa bem.

 

 

Fonte: O Liberal

Comentários