Na capital Belém, após 12 horas, chegou ao fim o julgamento de Diogenes dos Santos Samaritano, 42 anos, que durante o julgamento confessou ter assassinado a ex-mulher Dayse Dyana Sousa e Silva. O crime ocorreu no dia 31 de março de 2019, na residência onde o casal morava, no Bairro Parque dos Carajás, em Parauapebas.

A vítima, Dayse Dyana

Samaritano foi condenado há 21 anos, mas o juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, da 4ª Vara do Tribunal de Júri de Belém, reduziu a pena em 1 ano pela confissão do réu, ficando em 20 anos de reclusão. Contudo, Diogenes já cumpriu 4 anos, 10 meses e 27 dias de maneira preventiva, ficando a pena em 15 anos, um mês e três dias de reclusão. Inicialmente, em regime fechado.

O magistrado ainda decretou à perda do cargo de agente de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

A família de Dayse Dyana, que estava acompanhando o julgamento, comemorou o resultado.

VÍDEO E FACAS ESCONDIDAS

Durante o julgamento a acusação pediu que um vídeo fosse exibido para que o júri entendesse a dinâmica do relacionamento de Samaritano e Dayse. 

Em algumas mensagens trocadas com a mãe, a vítima relatava que sofria punições de Diogenes. Ela relatou que sofria muita humilhação, ofensas constantes e um dia chegou a ficar sem o jantar. Samaritano deixava a ex-mulher sem comer, na intenção de puni-la. Samaritano já teria agredido a ex-mulher várias vezes e em uma dessas investidas violentas, quebrou o braço dela. 

Por diversas vezes, Dayse justificava continuar o relacionamento pelo filho, mas relatava o seu sofrimento diante de tamanha violência.

Em certo momento do julgamento, a acusação revelou que a perícia encontrou facas escondidas embaixo de tapetes. Um dos promotores disse: “Se as facas de uma casa, que deviam estar na cozinha, estão embaixo de tapetes, algo há de muito errado nessa residência”. 

Segundo informações, a vítima já temia pela vida e por isso decidiu esconder as facas. 

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