A Rodovia PA-150 é parte importante do escoamento de produtos das atividades de mineração e da agropecuária no estado do Pará, e tem sido negligenciada a bastante tempo. Esse cenário deve mudar, porque em junho deverá ser realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) o leilão para concessão da rodovia. Serão leiloados 552 km, que interligam as regiões sul e sudeste do Estado à Região Metropolitana de Belém (RMB) e ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena.

Em entrevista ao Grupo Liberal, o secretário estadual de Transporte, Adler Silveira detalhou o projeto que consiste em um contrato de aproximadamente R$ 6 bilhões, durante 30 anos de operação da concessionária, e visa, de acordo com ele, a ampliação e modernização da infraestrutura para melhoria do fluxo. O valor total do investimento privado será de R$ 2,8 bilhões, o que significa R$ 5 milhões por quilômetro. Segundo ele, um dos maiores do país, comparando com o investimento feito na rodovia federal BR-163, estimado em R$1,7 milhão por quilômetro.

Devem ser implementados 70 quilômetros de pista duplicada; 250 quilômetros de acostamento e mais 70 quilômetros em uma terceira faixa. Os municípios que são atravessados pela rodovia são: Marabá, Nova Ipixuna, Jacundá, Goianésia do Pará, Breu Branco, Moju, Tailândia, Acará, Moju, Abaetetuba, Acará e Marituba.

O valor do pedágio estimado no projeto será de cerca de R$ 7 para veículos de dois eixos e terá, ao longo dos mais de 500 quilômetros, sete pontos de pedágio, o que significa R$ 0,10 por quilômetro.

O projeto deve render, em 30 anos, receita de R$ 320 milhões, sendo que a maior parte irá para os 11 municípios envolvidos, por meio dos pagamentos do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN).

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