A delegada Ana Carolina, que presidiu o inquérito do caso da criança de apenas 1 ano e oito meses, morta e estuprada nesta semana pelo padrasto Deyvyd Renato Oliveira Brito, 31 anos de idade, tendo consentimento da mãe Irislene da Silva Miranda, 28 anos, informou alguns detalhes do crime absurdo que emocionou parauapebenses e pessoas de todo o Brasil.

A vida de Deyvyd Renato e Irislene da Silva trata-se de uma história horrenda, cheia de parceria no mundo oculto e crime. Tanto Deyvyd, como Irislene, eram seguidores de uma religião que prometia proteção do “mundo maligno” e costumavam fazer rituais satânicos em sua própria casa. Em meio a todo esse mundo obscuro, macumbaria e muito mais, estava a pequena criança, sofrendo espancamento e abusos sexuais.

Ana Carolina explicou ao Papo Carajás que novas testemunhas foram ouvidas. “Ontem nós ouvimos novas testemunhas, são vizinhos do antigo endereço dele e confirmaram aquilo que a gente já vinha suspeitando, a criança era agredida diariamente e provavelmente abusada sexualmente. No laudo, tem lesões antigas e recentes, não sabemos informar quantas vezes isso aconteceu. Os vizinhos informaram que todos os dias ela aparecia com novas lesões no rosto, cabeça, hematomas no corpo, inchaços e eles sempre davam desculpas que a criança caía da cama. Relataram também que a criança era obrigada a participar dos rituais religiosos e que eles já foram vistos pela madrugada com uma sacola preta indo para rumo ao mato com a criança junto, os vizinhos até tentaram seguir, mas ficaram com  medo. Tinham muito medo deles”.

As testemunhas também enfatizaram à polícia que a criança era muito assustada. “Todas as vezes que eles se dirigiam a criança, ela se encolhia. Ela tinha muito medo, principalmente dele. Sobre a materialidade do crime, a criança morreu de traumatismo craniano encefálico, hoje mesmo a perita do IML relatou que ao fazer a necropsia visualizou novas lesões na criança que não estavam aparentes, pois ela estava internada. Em relação aos abusos sexuais, ela era estuprada pelo ânus e manipulada na vagina, provavelmente pelos dedos do estuprador. Houve um feminicídio, pois ela foi morta a pancadas. Agora precisamos fechar a motivação que levou este casal a espancar essa criança diariamente, se eles ofertavam ela a algum ritual religioso. Por que eles batiam tanto em uma criança de apenas 1 ano e oito meses? Por que essa mãe permitia a criança apanhar diariamente, ou se ela também participava disso?

Em Icoroaci, Deyvyd já havia estuprado uma criança também dentro de uma casa de rituais religiosos, Irislene teve conhecimento do caso e ainda assim fugiu com ele para Parauapebas. Ela era dona dessa casa de rituais naquela cidade e tinha conhecimento de tudo.

A delegada está esperando o mandado de prisão daquela cidade para cumpri-lo, mesmo o elemento já estando preso. Deyvyd vai responder por mais esse crime.

Para a polícia, Irislene falou que no momento da falsa queda que levou a morte do bebê, ela não estava em casa, teria saído para comprar a carne. “Fomos até o local e checamos todas as imagens da câmera, de 9 horas da manhã até às 14h20, que foi o horário que a criança deu entrada no hospital. Constatamos que em momento algum ela esteve nesse local, vizinhos relatam também que em momento algum viram ela saindo de dentro de casa. Então ela estava presente no momento do espancamento e abuso sexual dessa criança. Encontramos uma calcinha cheia de sangue dessa criança pendurada. A mancha estava concentrada na região do ânus, tinha sangue no virol da cama, tinha sangue no colchão e nos cômodos, muitos objetos usados em rituais religiosos que a gente não sabe dizer o significado. Por isso, acreditamos que a criança era ofertada nesses rituais. Ossos humanos teriam sido encontrados na casa deles em Belém, ele afirmou que seriam do pai dele morto, depois disse que a mãe dele levou para lá, e depois disse que retirou do cemitério”, finalizou Ana Carolina.

O elemento permanece preso no presídio de Parauapebas e ela vai ser recambiada para Marabá. Está muito claro a co-autoria dela no crime. Para a delegada, os dois são psicopatas.

 

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