A Justiça decretou a falência da mineradora de manganês Buritirama, que extrai minério de manganês na Vila União, Estrada do Rio Preto, em Marabá. O banco Itaú entrou com um pedido de falência da Buritirama Mineração por causa de uma dívida de R$ 53,2 milhões vencida em maio de 2021. A mineradora possui hoje um passivo de R$ 1,5 bilhão com diversos credores.

A fama de caloteira da Buritirama é antiga. A mineradora deve cerca de R$ 100 milhões em royalties para Marabá porque não recolhe imposto (Cfem) há mais de dois anos.

O pedido de falência foi feito no final de julho do ano passado, pela C. Steinweg Handelsveen (Latin America), empresa holandesa de prestação de serviços, com a qual a mineradora brasileira tem uma dívida pendente de 5,075 milhões de dólares, cerca de 27,42 milhões de reais, em valores atualizados.

De acordo com o processo, ainda cabem recursos judiciais por parte da Buritirama. Foi fixado o termo legal de 90 dias contados do requerimento inicial ou do protesto. A Buritirama, sediada em São Paulo, é a maior mineradora de extração de manganês do país, com operações na região de Marabá. A companhia exporta a maior parte para diversos mercados, principalmente a China.

A Steinweg é uma companhia holandesa com atividade de navegação marítima. Desde 2021, a mineradora trava uma disputa judicial com alguns bancos credores, principalmente o Banco Santander, por dívidas que superam R$ 1 bilhão.

A Buritirama continua com suas operações normais na região da Estrada do Rio Preto, em Marabá, mantendo 3,5 mil empregos diretos e indiretos. Procurada, a Buritirama informou que não se manifestaria sobre o caso, pois ainda não foi notificada da decisão do juiz.

O advogado da C. Steinweg, Ricardo Martins Amorim, sócio do CSA Advogados, foi procurado para comentar a decisão, mas não retornou as ligações, segundo informações de um jornal de São Paulo.

Nesta quarta-feira, 12, A Buritirama afirma que avalia acionar judicialmente a empresa holandesa de logística C. Steinweg Handelsveen por causa do pedido de falência contra a mineradora apresentado à Justiça. A produtora de manganês afirma que o relacionamento entre as duas companhias é “antigo” e que mantém operações com a empresa de navegação.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Correio de Carajás

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