A prefeita Josemira Gadelha pode, se quiser, candidatar-se ao “Guiness, o Livro dos Recordes” por uma proeza não conseguida por praticamente nenhum gestor: “trabalhar” para aumentar internações por falta de saneamento básico no município que comanda enquanto bilhões de reais entram na conta bancária do município, e ninguém sabe para onde vai.
O portal Papo Carajás visitou números do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (11) que revelam um quadro preocupante: explodiu a quantidade de cidadãos canaenses atacados por pestes e moléstias já erradicadas em outros lugares desde o século passado. E tudo isso por falta de saneamento básico na rica e endinheirada Canaã dos Carajás.
Este ano, de janeiro a maio, 294 pessoas foram internadas por doenças infecciosas e parasitárias típicas das mazelas decorrentes de ausência de água potável e esgotamento sanitário. É um preocupante crescimento de 30% frente às 225 internações registradas no mesmo período do ano passado.
Para se ter ideia da gravidade da situação, basta comparar Canaã com Marabá: na primeira metade deste ano, o município comandado por Josemira teve 127 internações a mais por infecções e parasitas que o município gerido por Toni Cunha. E só para constar, Marabá tem o triplo de habitantes de Canaã e, ainda assim, arrecada meio bilhão de reais a menos.
O drama é ainda maior quando se observa o que Josemira diz ter gasto com saneamento básico em Canaã, de janeiro a junho deste ano: R$ 46,03 milhões empenhados a pretexto de manter o sistema de esgoto (R$ 8,74 milhões) e a distribuição de água (R$ 37,29 milhões). As informações do Portal da Transparência evidenciam, portanto, que a gastança não está sendo eficiente, tendo em vista que uma pessoa tem sido internada a cada 15 horas na Terra Prometida por, sobretudo, diarreias e infecções bacterianas.
O cenário é grave e levanta questionamentos sobre a forma como o governo de Josemira tem torrado dinheiro público, visto que as festas organizadas por ela são caras e sem retorno social, ao passo que dezenas de pessoas não têm acesso a saneamento básico e padecem por isso.