Ulisses Manaças, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, morreu na tarde desta terça-feira (14) em Belém. Aos 45 anos, o líder social não resistiu a um câncer que enfrentava há cerca de dois anos.

Natural de Belém, Ulisses teve o diagnóstico de câncer no estômago em 2016. O ativista era um grande defensor da reforma agrária e dos direitos de trabalhadores rurais. Ao longo de seus anos à frente do movimento, desde o final da década de 90, Ulisses relatou que sofreu inúmeras ameaças de morte e denunciou supostos mandantes às autoridades.

Manaças era um grande crítico da ação policial no Massacre de Eldorado de Carajás, resultando na morte 19 trabalhadores rurais e, mais recentemente, quando dez morreram na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco.

Mesmo em tratamento, Ulisses continuava com sua militância social e política. Nas redes sociais, várias lideranças, ativistas e políticos lamentaram a perda do líder. Durante a noite, a Direção Nacional do MST publicou uma nota de pesar sobre a morte do dirigente. “Sempre firme em suas posições, colocou suas ideias a serviço do povo, a partir das longas caminhadas pelas terras continentais de nossa Amazônia. Ali na Regional Cabana, a qual se referia como a região do amor, escolheu para amar a terra, e nela plantar sementes”, diz trecho do comunicado. Também em nota oficial, o MST do Pará divulgou no final da noite que o velório de Ulisses Manaças será realizado na sede do Sindicato dos Bancários em Belém.

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