Quem necessita sacar o auxílio emergencial nas duas agências da Caixa Econômica Federal em Parauapebas tem reclamado bastante de uma prática, no mínimo, abusiva. Pessoas madrugam nas filas e comercializam vagas. Uma pessoa chega a vender sete posições na fila. E como isso acontece?

O Portal Papo Carajás esteve recebendo a informação de que os vendedores de vagas nas filas do auxílio emergencial colocam cadeiras e até pedras para simular um lugar na fila. A dona de casa Raimunda dos Santos, moradora do Bairro Tropical I relatou a situação ao portal. “Não estamos tirando o mérito dessas pessoas chegarem em meio a madrugada aqui para ocuparem o seu lugar na fila, o que deixa a gente chateada é o fato deles ainda quererem vender as vagas colocando cadeiras ou até mesmo pedras simulando a ocupação de uma pessoa. Se querem vender vagas, que vendam a deles, não ocupem outros espaços com pedras e baldes. É um desrespeito para com os demais”, conversou Raimunda.

A situação já tem provocado até briga, em certas ocasiões interceptadas por Policiais Militares que são acionados pelas próprias pessoas que estão na fila. Os reclamantes afirmam que funcionários da Caixa não estão tendo poder de organizar as filas, haja vista que já organizam os procedimentos de saques do auxílio emergencial. “A tarefa dos funcionários da Caixa já é grande, acho que tem que haver uma conscientização da população para que esse tipo de injustiça não ocorra. Complicado, no Brasil todo mundo quer ser mais esperto que o outro”, diz a autônoma Jucicleide de Souza.

Filas quilométricas em frente a agência da Caixa no Bairro Beira Rio I

Cada vaga chega a ser vendida por R$ 50,00. Em algumas ocasiões, geralmente quando o saque do dinheiro está disponível e a fila se torna quilométrica, a vaga vale R$ 100,00. “A falta de consciência não está só em quem vende vagas, mas também em quem compra”, finaliza Jucicleide.

 

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