A tensão foi grande. O numeroso público presente no Hangar estava prendendo a respiração, aguardando a coroação da Rainha da noite. Após o anúncio das quatro princesas, Markinho Pinheiro e Tainá Aires anunciaram a notícia mais esperada: Alane Dias Lima, do Grêmio Literário e Recreativo Português é a Rainha das Rainhas do Carnaval 2018, concurso em sua 72º edição. O Centro de Convenções da Amazônia veio abaixo com o grito retumbante em uníssono: é campeã!

A candidata usou a fantasia “A exuberante e enigmática Charllote”, que foi a primeira dançarina do Lido. Uma mulher bela e sedutora, que lotava os espetáculos do maior cabaré parisiense por sua beleza exótica e a sua performance que surpreendia o público.

“Agradeçoo muito a Deus, à minha familia e ao Grêmio por esse título. Eu estou muito feliz e também dedico o título para minha avó que esta lá no céu”, bradou a mais bela do caranaval paraense, com um terço na mão. A mais jovem candidata desse ano, com 18 anos de idade, manteve a tradição de família: a coreógrafa Aline Dias foi representante do Grêmio Português em 1993. Ela não levou o título, mas vibrou como se ela fosse a Rainha da noite ao ver sua linda filha ser coroada.

Antes de entrar no palco, no começo da noite, a décima-nona beleza a se apresentar falou de como estava se sentindo antes de sua apresentação: “Eu tô sentindo a energia mais linda do mundo! Eu sempre imaginei esse sentimento, mas tá sendo muito além das expectativas! Eu entrei aqui aos prantos eu tô pronta pra levar tudo que eu tenho de mais lindo dentro de mim. Eu amadureci muito nesse processo, eu tenho 18 anos, mas mudei muito. Vou levar muita alegria e muita felicidade para o palco!” disse a candidata, eufórica.

E ela levou toda essa empolgação para a passarela, esbanjando alegria desde o começo. Após começar seu show, ela surpreendeu todos se transformando em um dragão, abrindo as asas e acendendo luzes por toda sua fantasia. Ela levantou sua perna em um elegante contorcionismo, se transformando ainda mais em uma figura mística. A máscara da criatura lendária caiu sobre seu rosto e ela se tornou o colossal réptil mitológico por alguns minutos. O público, maravilhado, não parou de gritar seu nome.

Alane recebeu coroa e a faixa da Rainha de 2017, Clícia FIgueiró, que representou o Paysandu. Ela foi premiada com uma bolsa integral da Fibra, um carro zero quilômetro da Nissan Tropical Veículos, uma joia ofertada pelas ORM e procedimentos estéticos da Kleire Rocha Estética e Depil. As quatro princesas ganharam bolsas parciais, joias e procedimentos estéticos. O Rainha das Rainhas 2018 tem patrocínio de Cerpa Draft Sound.

Eduarda Moraes, do Clube do Remo, é a primeira princesa

Representando o Clube do Remo, Eduarda Ferreira Moraes de 19 anos usou a fantasia “Volcana – o espírito dos vulcões”: na tentativa de adormecer os vulcões de uma ilha, a temida feiticeira do fogo foi capturada por uma tribo africana e aprisionada em uma jaula de ossos, o único material capaz de anular seus poderes. Após cem anos de prisão, Volcana se liberta e ressurge mais poderosa. Disfarçada de uma dançarina africana, volta a evocar os poderes do centro da Terra, toma a forma de um tigre e reativa os vulcões da Ilha do Fogo.

Ela subiu ao palco com “ossos” pelo corpo todo, e desde o começo, mostrou que realmente era uma felina, esbanjando sua beleza selvagem. Ao final de sua apresentação, Eduarda virou de cabeça para baixo na estrutura da fantasia e fez o público do Hangar ir ao delírio. Em seguida, ela se transformou em uma tigresa diante dos olhos de todos, rugindo como a verdadeira rainha da selva.

O corpo e a cabeça da fantasia são a estilização do traje das tribos africanas, ornamentado com strass, cristais e pedras semi-preciosas. O resplendor representa a riqueza do continente negro, e, traz as máscaras e ossos. As labaredas do fogo simbolizam as grandes erupções vulcânicas. Foram utilizadas plumas, penas de pavão, faisão, chinchila e crina de cavalo albino. As cores da fantasia são: branco, vermelho, laranja, dourado e off white. A criação é de Zandro Gurjão, coreografia de Thayla Savick e Gabriel Sales. A maquiagem é de Carlos de Moraes e cabelo de Augusto Britto.

Fonte: Portal ORM

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