O caso do baleamento do ex-candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César Araújo Oliveira (PRTB), de 33 anos, está tomando proporções adversas na justiça. Ao que parece, Júlio passou de vítima para acusado, haja vista que a Polícia Civil decidiu retirá-lo da condição de vítima e vai passar a investigá-lo por falsa alegação de crime.
As investigações foram instauradas após a polícia checar depoimentos adversos dos integrantes do veículo. As falas de Cássio da Transmarques e Júlio César tiveram divergências extremas, o que levantou a suspeita da investigação.
Segundo informações, a perícia do Centro de Perícia Renato Chaves apresentou para a polícia sérias evidências que descartam a tentativa de homicídio contra Júlio César. Inclusive, levantam a suspeita de que o baleamento foi armado.
RELEMBRE O CASO
Júlio César foi baleado no dia 15 de outubro de 2020, quando ele, Cássio da Transmarques, um motorista e uma secretária retornavam de uma reunião política da Vila Carimã, zona rural de Parauapebas. Júlio foi candidato a prefeito e ficou em segundo lugar na corrida política com 24.267 votos.
Naquela época, os outros três ocupantes da caminhonete – Cássio, o motorista e a secretária – informaram que três homens armados em outro um veículo “fecharam” o veículo em que estavam e passaram a disparar. Júlio teria sido o alvo e foi acertado com um disparo que atravessou seu corpo, saindo nas costas.
O fato comoveu muitos parauapebenses e talvez isso tenha sido o pivô de uma votação tão expressiva dada a Júlio.
O suposto atentado foi noticiado nas mídias locais e até no Fantástico. No entanto, no programa global, fatos não condizentes ao que teria acontecido naquela noite, foram revelados. Começou aí a desconfiança.
GILSON FERNANDES DIZ QUE TUDO NÃO PASSOU DE UM TEATRO
O acalorado Gilson Fernandes, na época vice-presidente do PRTB, usos às redes sociais para ressaltar a farsa que teria sido o baleamento de Júlio César. Como se soubesse de segredos obscuros, as informações de Fernandes alimentaram os curiosos de Parauapebas.
O objetivo era ter como parâmetro o atentado sofrido pelo então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, na campanha de 2018.