Sobre a detenção do guarda municipal Marcelo Claúdio Moreira Ramos, ocorrida nessa quinta-feira, 4, a Prefeitura de Parauapebas esclarece que está acompanhando os fatos relacionados ao GM, que já está à disposição da Justiça e ficará afastado de suas atividades profissionais até que todas as providências sejam tomadas no curso da apuração, conforme previsão legal.

Marcelo Cláudio está preso acusado de matar dois integrantes de uma mesma família, mãe e filho

Todos os agentes que integram a corporação da Guarda Municipal de Parauapebas (GMP) passaram por avaliação psicológica no ato de sua convocação. Essa mesma avaliação é feita anualmente.

A prefeitura reconhece o trabalho que os guardas municipais têm desempenhado para o bem da população de Parauapebas, entretanto, repudia todo e qualquer ato de violência.

Vale ressaltar que a Guarda Municipal tem desenvolvido atividades de segurança em eventos públicos, nas escolas como também para a comunidade em geral por meio de seus grupamentos Comunitário Escolar (GCE), de Pronto Emprego (GPE), de Ações com Cães (GAC), Banda de Música da Guarda Municipal (BMGM) e Ronda Ostensiva Motorizada (Romo).

A gestão municipal ressalta ainda o empenho e a dedicação dos guardas municipais em orientar a população de Parauapebas quanto às medidas sanitárias em combate ao novo coronavírus no município. E continuará a trabalhar junto a esses agentes para que mantenham o bom serviço já prestado à população do município.

Assessoria de Comunicação – Ascom/Prefeitura de Parauapebas

Os assassinatos

O Guarda Municipal Marcelo foi preso pela Polícia Civil ontem (4) acusado de ter assassinado a tiros duas pessoas da mesma família, a mãe e um filho, identificados como Francisca Justina de Carvalho e José Nildo de Carvalho.

As investigações da PC apontaram que Marcelo queria assassinar José Nildo pelo mesmo ter envolvimento amoroso com uma pessoa próxima ao guarda. Ao ver que o filho seria morto, Francisca Justina se meteu na confusão e também foi executada.

O crime ocorreu no dia 25 de maio, em um kitnet de aluguel que mãe e filho moravam, localizado a Rua Belém, Bairro Primavera, Parauapebas.

Não é a primeira vez

Não é a primeira vez que um integrante da Guarda Municipal de Parauapebas se envolve em crime dessa modalidade.

Em 20 de Março de 2016, o guarda municipal Lionício de Jesus Souza foi preso em uma operação da polícia que também prendeu um sargento da PM.

Ambos, na época, foram acusados de terem assassinado um dos líderes do Movimente Sem Terra, identificado como Waldomiro Costa Pereira. A primeira tentativa de assassinato ocorreu na cidade de Eldorado do Carajás, mas ele foi ferido e encaminhado ao Hospital Geral de Parauapebas, onde ficou internado na UTI.

O guarda municipal, juntamente a mais quatro homens, teria invadido o HGP e assassinato Waldomiro no leito da UTI.

Lionício esteve preso, mas já se encontra em liberdade.

Segundo caso

Em 4 de julho do ano de 2016, três guardas municipais da Capital do Minério foram presos pela Polícia Militar de Jacundá (PA) na zona rural de Goianésia (PA). Giego Lucio Santos Oliveira, Raimundo dos Santos Matos e Raimundo Nonato Garcia estavam armados e foram acusados de assassinar uma pessoa em Goianésia a tiros. Três pistolas calibre 380 foram apreendidas pela polícia em poder deles. Naquela altura, a Guarda Municipal ainda não tinha porte de arma de fogo.

Os três ficaram um tempo presos e depois foram colocados em liberdade. Segundo apurou o Portal Papo Carajás, pelo menos um deles já está trabalhando novamente na corporação.

Terceiro caso

No dia 24 de novembro de 2019, esteve preso em Parauapebas, o guarda municipal Genialdo Araújo Teixeira, identificado como GM Teixeira.

Na noite do dia 23, dia da final da Libertadores entre Flamengo x River Plate, após se envolver em uma desavença às proximidades da Farmácia Zero Hora, situada a Rua E, Bairro Cidade Nova, em Parauapebas, o GM Teixeira disparou sua arma e o tiro acertou a cabeça do jovem Walison Leite da Silva, de apenas 14 anos.

Naquela ocasião, Walison faleceu em decorrência do ferimento.

A situação ocorreu apenas duas semanas depois da justiça ter liberado o porte de arma aos guardas municipais de Parauapebas.

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