Em definitivo, o que está acontecendo com a humanidade?
Ontem (29), pela manhã, a Polícia Civil prendeu na Palmares Sul, em Parauapebas, Manoel Ferraz Neto, de 71 anos. Pesa contra ele a acusação de ter estuprado a própria neta, uma criança de apenas três anos de idade.
A Polícia Civil foi acionada por médicos do Hospital Municipal de Parauapebas. Ainda ontem, a criança deu entrada na emergência sentindo fortes dores na região pélvica. De acordo a delegada Ana Carolina, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), além da dor pélvica, os médicos constataram que havia um corrimento fétido e alargamento no canal da vagina, sugestivo de abuso sexual recente. “Quando o médico foi examiná-la, a criança se retraiu, sentiu muita dor e verbalizou que o vovô havia pegado na “pepeka” dela. Devido a primeira análise do médico, outra médica foi acionada para que também examinasse a criança. Nessa segunda avaliação, a criança estava mais retraída, sentindo muita dor e verbalizando o tempo todo que vovô tinha pegado na “pepeka” dela e ainda disse: “vamos matar o vovô, vamos matar o vovô”. A segunda médica também atestou um alargamento no canal vaginal e muita vermelhidão, que não era de assadura, mas sim da introdução de algum objeto na vagina da criança. A criança continuou a repetir que o vovô havia mexido nela e também havia pegado no bumbum”, ressaltou Ana.
Diante da gravidade do fato e da pouca idade da vítima, a mãe e ela foram ouvidas ainda no HMP. A criança estava no colo da genitora, mas se levantou e fez os gestos que o avô havia feito com ela. Não teve como saber a quanto tempo a criança estava sendo violentada. “Decidi prender o acusado e o magistrado vai decidir se ele fica preso ou não. Em relação ao crime, ele negou, durante todo o tempo pedia provas. A babá da criança disse que a vítima está sentido dor há muito tempo, mas a mãe nunca levava ao médico. Outra situação esclarecida é que a criança não queria que a babá pegasse na região da sua genitália, isso se intensificava sempre depois dos finais de semana, onde a criança estava com os avós”, enfatizou a delegada.
Na manhã desta terça-feira (30), durante audiência de custódia no Fórum de Parauapebas, a justiça acatou o pedido de prisão preventiva da delegada Ana Carolina. Manoel Ferraz continua preso.
Em conversa com a reportagem, o advogado do acusado, Deivid Benasor da Silva Barbosa, ressalta que o cliente nega todas as acusações, que afirma ser pai de nove filhos, morador da Palmares Sul há mais de 20 anos e que tem outras netas, não faz sentido ter abusado sexualmente da criança.
Deivid finaliza que a defesa vai impetrar um habeas corpus, em nome do seu cliente, no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
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