A morte de Fábio Rodrigues Alves, 26 anos, acusado de ter apontado um revólver calibre 32 para Policiais Militares da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) está causando grande discussão nas redes sociais. É que familiares e amigos do jovem afirmam veementemente que a vítima não era envolvida em assaltos, mas sim, trabalhador, inclusive desempenhava a função de Bombeiro Civil em uma empresa. A abordagem policial com morte ao final foi registrada na noite deste sábado (10), na esquina das ruas Amazonas e Duque de Caxias, bairro Rio Verde, em Parauapebas.

Os policiais envolvidos na operação relataram a imprensa que haviam recebido denúncias de dois homens realizando assaltos usando uma motocicleta Biz de cor preta. Os Militares realizaram buscas e logo avistaram e abordaram dois homens sobre uma moto preta – Caíque Alves, 22 anos (condutor da moto) e Fábio Rodrigues (o garupa). Em certo momento, perceberam que Fábio tirou um revólver da cintura e passou a apontar para os PMs, mas logo foi atingido com um tiro no peito. O suspeito ainda foi socorrido e levado ao Hospital Geral de Parauapebas, mas não resistiu ao ferimento e faleceu.

Na Delegacia, Caíque afirmou que só havia dado carona ao amigo que queria comprar um espetinho. O conduto da motocicleta afirmou não estar envolvido em assaltos e nem sabia que Fábio portava uma arma.

A polícia apresentou o revólver que estaria com Fábio, um relógio, um celular e dinheiro.

Materiais apresentados na Delegacia que estariam com Fábio. Fonte da foto: Pebinha de Açucar

 

 

PROTESTOS NAS REDES SOCIAIS

Nas redes sociais, vários amigos e até familiares protestam contra a ação policial. De acordo com pessoas mais próximas de Fábio Rodrigues, ele era um rapaz trabalhador e desempenhava a função de Bombeiro Civil em uma empresa que presta serviços para Vale.

A vítima estaria juntando dinheiro com a intenção de estudar medicina no Paraguai. “Ele tinha muita vontade de ser médico e estava juntando dinheiro para isto. Todo mundo o admirava por ser um jovem batalhador, bom filho. Essa conversa de apontar arma para a polícia não passa de uma grande mentira. Mataram a pessoa errada, mataram um batalhador”, afirmou uma colega da vítima, que pediu para que a reportagem não revelasse o nome.

Comentários