A Rainha do Camarote acaba de enviar ao Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) balanço referente ao 3º bimestre de 2025, e uma pergunta intriga a população de Canaã dos Carajás: o que a prefeita Josemira Gadelha fez com R$ 926.276.035,64 em receita líquida arrecadados no primeiro semestre deste ano?
Sim: entre 1º de janeiro e 30 de junho, o governo da Terra Prometida bateu R$ 926 milhões em dinheiro vivo, já livre de deduções legais. Toda essa dinheirama deveria servir para melhorar a qualidade de vida dos quase 100 mil habitantes canaenses, mas o destino dessa tonelada de recursos públicos é incerto e não sabido.
Sabe-se, porém, que Josemira torrou muitos milhões com festas profanas e fuzarcas, no velho e questionável estilo de política pão e circo, sem qualquer retorno econômico para Canaã, que continua a sobreviver de fartos royalties e de outras receitas derivadas da atividade mineral que se escora na aba da mineradora multinacional Vale.
A título de comparação, no primeiro semestre, a Prefeitura de Marabá, que governa para 300 mil habitantes, arrecadou R$ 816 milhões e fez muito mais, já que a principal cidade do sudeste paraense, sob comando de Toni Cunha, parece um canteiro de obras a céu aberto.
Isso mesmo: com o triplo de moradores, Marabá arrecadou R$ 100 milhões a menos que Canaã, mas o prefeito de lá tem trabalhado mais que Josemira e ainda conseguiu arrastar uma multidão de turistas nos eventos que Marabá patrocinou, ao passo que a Rainha do Camarote consumiu milhões em festas sem apelo turístico e gastou mais de 100 milhões com o pagamento de trabalhadores temporários que lhe servem como cabide de empregos.
Sob comando de Josemira, as estatísticas oficiais mostram que o município de Canaã dos Carajás está dando para trás em ritmo acelerado. A Terra Prometida padece em aprendizagem dos alunos, já que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) caiu nos anos finais do ensino fundamental; perece em quantidade de internações, que bate recorde este ano; e falece em número de cidadãos em situação de pobreza e extrema pobreza, cujos dados pioraram gravemente em relação ao ano em que Josemira assumiu. Tudo isso acontecendo, e Josemira dando milho aos pombos com os bilhões que ingressam nos cofres de Canaã.