Se a gestão de Josemira Gadelha, em Canaã dos Carajás, fosse enredo de novela, ela seria a Paola Bracho de “A Usurpadora”. E por quê? Josemira não se deu ao luxo de mostrar a que veio e “mamou” em obras deixadas bem encaminhadas pelo ex-prefeito Jeová Andrade, grande responsável pelos bons indicadores de desenvolvimento socioeconômico que atualmente Josemira está “matando”.
Ou seja, ela não só ostenta a colheita de frutos que não plantou, como também festeja — e com aquisições muito caras — muitas improbidades. Mas o mais curioso nessa trama será revelado agora: entre 1º de janeiro de 2021, dia em que assumiu a Prefeitura de Canaã, e 31 de julho deste ano, Josemira viu entrar nos cofres da Terra Prometida R$ 8,006 bilhões em receita líquida, já feitas as deduções legais.
E o que Josemira fez com tanto dinheiro? Além de contratar cabides eternas de temporários, fazer festas adoidado e pagar salários, nada de muito relevante. A pobreza, por exemplo, que deveria ser ferozmente combatida por ela, cresce como nunca, e a saúde local é cada vez mais mórbida.
Só para comparar, em quatro anos e meio, Josemira viu mais dinheiro em Canaã que os últimos quatro anos de gestão de Tião Miranda em Marabá mais os sete meses completos de governo de Toni Cunha este ano. Somadas as duas gestões (de Tião e Toni), a receita líquida de Marabá totalizou R$ 6,162 bilhões.
E Marabá tem muito mais feitos para apresentar, em termos de infraestrutura e até avanços robustos na educação, com crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que Canaã, onde o indicador de ensino e aprendizagem, sob comando precário de Josemira, despencou de forma drástica nos anos finais do ensino fundamental.
Em resumo, Josemira torrou R$ 8 bilhões, a 4ª maior quantia de dinheiro público do Pará, só atrás do Governo do Estado, da Prefeitura de Belém e da Prefeitura de Parauapebas. Ainda assim, só ela para responder à pergunta clássica — e que não quer calar — do “Fantástico”: “Cadê o dinheiro que tava aqui?”