O deputado federal Jean Wyllys, eleito pela terceira vez, disse à Folha que não pretende voltar ao Brasil. Jean, que anda com escolta desde a morte da vereadora do Rio Marielle Franco, tem recebido mais ameaças. O parlamentar, que é professor, disse que pretende investir na carreira acadêmica.

Jean afirmou ainda que não quer virar mártir, e citou o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, por sua declaração de que “mártires não são heróis”. Sem dizer onde está, ironizou (ou não) dizendo que ia para Cuba.

Pesou na decisão de Wyllys saber do elo entre a família Bolsonaro com milicianos presos suspeitos de participar da execução de Mrielle Franco.

O professor disse também à Folha que as mentiras, perseguições contra ele são muito pesadas e sem resposta à altura. Ele citou o caso do deputado federal eleito pelo PSL Alexandre Frota, que postou uma foto de Wyllys com uma declaração mentirosa de que ele era a favor da pedofilia. Frota foi condenado a pagar R$ 295 mil, mas o professor acha uma pena irrisória perto da reputação destruída e as consequências para a sua família.

Também disse que a insegurança é muito grande para ele no Brasil, que não faz sentido passar quatro anos andando em carros blindados e com escolta.Jean também vai se desconectar das redes sociais.

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