Close Menu

    Receba Notícias

    Receba as últimas notícias atualizadas do Portal Papo Carajás

    Estão em alta

    Vereador da base rompe com Dr. Daniel, ampliando crise na Prefeitura de Ananindeua

    02/09/2025

    Pará mais seguro: mais investimentos em equipamentos de alta tecnologia

    02/09/2025

    No governo de Josemira, Terra Prometida geme como no deserto por falta d’água

    02/09/2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Portal Papo CarajásPortal Papo Carajás
    Instagram WhatsApp YouTube
    • Notícias
    • Região
    • Política
    • Educação
    • Esporte
    • Policial
    Portal Papo CarajásPortal Papo Carajás
    Home»Região»Instituições federais e estaduais criam comitê de crise para evitar novos conflitos agrários no nordeste do Pará
    Região

    Instituições federais e estaduais criam comitê de crise para evitar novos conflitos agrários no nordeste do Pará

    ViniciosBy Vinicios16/05/2023Sem comentários5 Mins Read
    Share Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Reddit Telegram Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Representantes de órgãos públicos federais e estaduais decidiram, nessa segunda-feira (15), criar um comitê de crise para conter a escalada de conflitos pela terra no Vale do Acará, nordeste do Pará. Também ficou estabelecida a ampliação de um grupo de trabalho já existente para a investigação dos crimes.

    As definições foram tomadas em reunião de emergência realizada na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Belém. No domingo (14), um cacique Tembé foi baleado em Tomé-Açu, no que pode ser mais um capítulo da série de violações que indígenas e quilombolas vêm sofrendo desde que a implantação do monocultivo do dendê acirrou os conflitos socioambientais na região.

    O comitê de crise será formado por MPF, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE-PA), Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi) e Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh). O objetivo é encontrar soluções para garantir o direito das comunidades à terra independentemente do tempo de tramitação dos procedimentos de demarcação.

    O grupo também vai atuar para a revisão do planejamento feito para a expansão do monocultivo do dendê na região. Segundo o MPPA, que investigou o plano – chamado de macrozoneamento –, os territórios quilombolas foram ignorados e não foi prevista zona de amortecimento para redução dos impactos em áreas indígenas.

    O grupo de trabalho de investigação criminal, formado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), pela Polícia Civil, pela Polícia Militar, pela Polícia Federal, pelo MPPA e pela DPE, terá também como integrantes o MPF, a Sepi e a Seirdh, além de novos setores do MPPA, como o Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos. O objetivo será o de estabelecer atuação conjunta, que permita a troca de dados levantados e o esclarecimento dos crimes e das interconexões entre eles.

    O MPF solicitará que tanto o comitê de crise quanto o grupo de investigações criminais realizem reuniões periódicas em Tomé-Açú para prestar informações às comunidades sobre o andamento dos trabalhos.

    ‘O Estado puxou o gatilho’ – A maior crítica das lideranças indígenas e quilombolas que participaram da reunião no MPF é relativa à falta de serviço de segurança pública na região do Vale do Acará que atue em defesa das vítimas dos conflitos agrários. Segundo as lideranças, as vítimas são criminalizadas e intimidadas pela polícia. E a polícia, que deveria garantir a segurança, vira fonte de medo para as famílias, afirmam as lideranças.

    O secretário adjunto de Operações da Segup, Luciano de Oliveira, discordou desse entendimento das famílias. As forças policiais, segundo ele, atuam de forma imparcial, sem tomar partido nem das empresas nem de comunidades. Para que os conflitos acabem, é preciso que o Poder Judiciário e os órgãos fundiários resolvam a questão do direito à terra, reforçou Oliveira.

    “Quem puxou o gatilho foi o dedo do Estado”, disse o coordenador-geral da Associação dos Moradores e Agricultores Remanescentes Quilombolas do Alto Acará (Amarqualta), Paulo Nunes, em referência à tentativa de homicídio sofrida no domingo pela liderança indígena Lúcio Tembé. Nunes classifica como negacionismo o modo como o poder público trata as comunidades, e registra que boa parte dos acionistas das empresas produtoras de dendê é formada por políticos.

    A liderança Paratê Tembé, filho do cacique baleado no último fim de semana, destacou que o Estado deveria ter tomado medidas preventivas há muito tempo e que nada foi feito. “O Ministério Público do Estado já até pediu a prisão de dono de empresa, mas não resultou em nada”, lamenta. Segundo ele, as comunidades sofrem ataques há quase dez anos. O advogado Jorde Tembé elencou vários, incluindo casos de torturas, incêndios, tiros e agressões. Além dos Tembé e de quilombolas, os indígenas Turiwara também são vítimas dos conflitos socioambientais.

    ‘Basta’ – “Para o MPF, basta”, frisou o procurador-chefe da instituição no Pará, Felipe de Moura Palha. Além de propor a criação do comitê de crise e a ampliação do grupo de investigação, o representante do MPF relatou o histórico de atuação do órgão no tema. “É mais um triste episódio de grave violação de direitos humanos na Amazônia. Todo processo de implantação de grandes projetos precisa ser revisto e levar em consideração os direitos das comunidades tradicionais que são vilipendiados diariamente. Sobre a tentativa de homicídio contra o cacique Tembé, ainda é cedo para apontar culpados, mas o MPF acompanhará de perto as investigações”, declarou.

    O procurador-chefe informou, durante a reunião, que no fim de 2022 o MPF obteve decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília (DF), para garantir a realização de perícia científica para mensurar os impactos da atuação da empresa Biopalma da Amazônia – atual Brasil BioFuels (BBF) – sobre a Terra Indígena Turé-Mariquita, em Tomé-Açu. Desde 2014, o MPF aponta que há indícios de que o uso de agrotóxicos no cultivo de dendê pela empresa provoca sérios danos ao meio ambiente e, principalmente, à saúde dos indígenas.

    A promotora de Justiça Eliane Moreira, do MPPA, ressaltou a necessidade da revisão urgente do macrozoneamento do dendê. “É algo que pode ser revisto agora. Ou os territórios quilombolas e as zonas de amortecimento de impactos aos indígenas passam a ser considerados no macrozoneamento ou então não teremos solução para os conflitos”, alertou.

    A representante do MPPA também apontou a importância de que sejam respeitadas as regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Conselho Estadual de Segurança Pública (Consep) para as reintegrações de posse. Ainda ressaltou a necessidade da transparência sobre quais medidas serão adotadas pelo programa de proteção de defensores de direitos humanos para proteger a vida das lideranças sob ataque no Vale do Acará.

    Outro ponto a ser discutido é o licenciamento ambiental das empresas de monocultura de dendê. Para produções em larga escala, como a do dendê, tem que ser exigido licenciamento ambiental com estudos do componente indígena e quilombola, defende a integrante do MPPA.

    Comitê conflitos agrários Pará
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Previous ArticleCâmara de Parauapebas lança projeto “Vereador Mirim” dia 17 deste mês
    Next Article Petrobras anuncia redução de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel
    Vinicios

    Postagens relacionadas

    Notícias

    Vereador da base rompe com Dr. Daniel, ampliando crise na Prefeitura de Ananindeua

    02/09/2025
    Região

    PSS da Adepará abre inscrições nesta segunda-feira (18) até amanhã (20)

    19/08/2025
    Região

    Seduc abre inscrições para seleção de estagiários-bolsistas de nível superior

    11/08/2025
    Add A Comment

    Comments are closed.

    Últimos posts

    Vereador da base rompe com Dr. Daniel, ampliando crise na Prefeitura de Ananindeua

    02/09/2025

    PSS da Adepará abre inscrições nesta segunda-feira (18) até amanhã (20)

    19/08/2025

    Seduc abre inscrições para seleção de estagiários-bolsistas de nível superior

    11/08/2025

    Pará lidera geração de empregos formais na Região Norte no primeiro semestre de 2025

    07/08/2025
    Populares

    Vereador da base rompe com Dr. Daniel, ampliando crise na Prefeitura de Ananindeua

    02/09/2025

    Pará mais seguro: mais investimentos em equipamentos de alta tecnologia

    02/09/2025

    No governo de Josemira, Terra Prometida geme como no deserto por falta d’água

    02/09/2025
    Papo Carajás
    • Sobre Papo Carajás
    • Expediente
    • Publicidade
    • Fale Conosco

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.