A expectativa de vida ao nascer no Pará chegou a 72,1 anos em 2016, um incremento de dois meses em relação a 2015 (71,9 anos). A expectativa da população masculina passou de 68,2 anos para 68,4 no mesmo período, enquanto para as mulheres a variação foi de 76,0 para 76,3 anos. Em relação as estimativas de dez anos atrás, a população paraense está vivendo 2,1 anos a mais. Em 2006, a esperança de vida ao nascer no Estado era de 69,9 anos, sendo de 66,8 para os homens e de 73,5 para as mulheres.

Já a taxa de mortalidade infantil em 2016, ou seja, a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano, ficou em 16,56 para cada mil nascidos vivos – ante 17,09 por mil, em 2015, e de 23,63, em 2006. Se o recém-nascido for do sexo masculino, essa perspectiva aumenta para 18,83. Já para as recém-nascidas, a chance no ano passado era de 14,18 meninas não completarem o primeiro ano de vida.

Essas informações estão disponíveis nas Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2016, que apresentam as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em todo o País, a tábua de mortalidade projetou uma expectativa de vida de 75,8 anos para o total da população, um acréscimo de 3 meses e 11 dias em relação ao valor que havia sido estimado para o ano de 2015 (75,5 anos). O tempo de vida dos homens aumentou de 71,9 anos em 2015 para 72,2 anos em 2016, enquanto a das mulheres foi de 79,1 para 79,4 anos.

No geral, o Pará tem a sétima menor expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos dentre todas as Unidades da Federação. A maior é a de Santa Catarina, com 79,1 anos; seguido pelo Espírito Santo (78,2 anos), Distrito Federal (78,1 anos), São Paulo (78,1) e Rio Grande do Sul (77,8). No outro extremo está o Estado do Maranhão, com uma esperança de vida ao nascer para ambos os sexos de 70,6 anos. Piauí (71,1), Rondônia (71,3), Roraima (71,5), Alagoas (71,6), e Amazonas (71,9) completam as últimas posições.

Já quando se analisa individualmente a expectativa de vida, os homens surgem com a 5ª menor expectativa nacional e, as mulheres, a 7ª. Alagoas responde pela menor expectativa masculina (66,9 anos), e Roraima pela mais baixa entre as mulheres (74,3 anos). Assim, Alagoas apresentou a maior diferença entre as expectativas de vida de homens e mulheres (9,5 anos a mais para as mulheres), e a menor diferença foi observada em Roraima (5,2 anos a mais para as mulheres). No Pará, essa diferença é de 7,9 anos – a 9ª maior do País, cuja média é 7,2 anos.

Em relação à mortalidade infantil, a maior taxa foi observada no Amapá (23,2 por mil nascidos vivos), e a menor no Espírito Santo (8,18 por mil). O Pará surge com a 11º maior índice. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil em 2016 ficou em 13,3 para cada mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade na infância (até 5 anos de idade), em 15,5 por mil.

Idosos

A pesquisa analisa ainda a população de 65 anos de idade, definida como idosa. Neste recorte, o Espírito Santo aparece como o Estado com o maior valor de expectativa de vida nesta idade, com mais 20,1 anos. Isto quer dizer, que o indivíduo aos sessenta e cinco anos viveria em média 85,1 anos. O Pará aparece bem atrás, com a sexta menor expectativa, de apenas mais 16,9 anos, alcançando no máximo 81,9 anos a mais de vida nessa faixa-etária (5ª menor expectativa). Rondônia, na última posição, tem uma expectativa de mais 15,9 anos, podendo alcançar uma idade de 80,9 anos.

Os homens do Pará com 65 anos, tem expectativa de mais 15,5 anos de vida, podendo alcançar a idade de 80,5 anos em média. As mulheres devem viver um pouco mais, 18,3 anos, com previsão de chegar aos 83,3 anos. No Espírito Santo, a população do sexo masculino viveria em média 83,2 anos e se for do sexo feminino 86,8 anos. No outro extremo Rondônia voltou a apresentar para as mulheres as mais baixas expectativas de vida aos 65 anos, 17,1 anos (82,1 anos). Para a população masculina Rondônia apresentou o segundo menor valor, 14,8 anos (79,8 anos), ficando atrás apenas do Piauí com 14,6 anos (79,6 anos).

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