Não, não é o portal Papo Carajás quem diz que o município de Canaã dos Carajás ostenta baixo grau de desenvolvimento e o combate à pobreza está em regressão. São os indicadores que acabam de ser divulgados pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que faz uma espécie de raio-x dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e traz um alerta preocupante: sob a gestão de Josemira Gadelha, a erradicação da pobreza na Terra Prometida chegou a seu pior estágio.
Entre 2015 e 2025, de acordo com a entidade, a bilionária cidade de Canaã viu sua nota cair de 64,49 para 55,3, numa escala que vai de 0 a 100, e quanto mais próximo de 100, mais alto é o grau de desenvolvimento nos quesitos dos ODS. A queda na nota do combate à pobreza se acentuou de 2023 para cá — naquele ano, a pontuação foi de 59,94.
A realidade nua e crua dos números do Cadastro Único (CadÚnico), do Governo Federal, mostra que ao menos 52.700 canaenses são pessoas carentes em meio aos R$ 2 bilhões que a prefeita Josemira comanda todo ano no município, mas que é incapaz de movimentar para erradicar a pobreza. Desses 52.700 habitantes, pelo menos 25.500 estão em situação de penúria, tendo, literalmente, de sacrificar o almoço para comer na janta.
A escalada da pobreza em Canaã começou coincidentemente com o mandato de Josemira Gadelha, em 2021. Em janeiro daquele ano, quando ela assumiu a prefeitura, a Terra Prometida tinha apenas 21.600 pessoas inscritas no CadÚnico. De lá para cá, o número disparou 144%. Hoje, a mais pessoas em situação de miséria em Canaã que o total de inscritas no cadastro em 2021, um verdadeiro absurdo.
Mas a preocupação da prefeita está longe de ser erradicação da pobreza ou melhorar os indicadores dos ODS. Josemira gosta de festa profana e de farra de contratação de temporários na administração pública. As vaidades que dão prazer e enchem de orgulho a gestão dela são as mesmas que condenam a população carente à vulnerabilidade social. Escolhas da própria população.