Essa semana tem sido de muitas emoções. Vejam vocês, de repente, como se tivessem combinado entre si, amigos queridos, que há muito tinham seguido destinos diversos, resolveram dar o ar da graça. Primeiro foi Willian Bayerl, que há alguns anos reside em São Paulo, mais exatamente em Jaguariúna. Willian, figura muito conhecida nos meios políticos, tendo trabalhado inclusive nos principais veículos de comunicação da cidade, especialmente no Correio do Pará e no HOJE e foi chefe de gabinete do vereador Juca (seu tio) pintou no facebook. Além da boa prosa, ele deu notícia do paradeiro de Domingos Cardoso, confrade e colega dos meus tempos de faculdade. Hoje em dia os dois estão em Sampa.

Em meio a uma melancolia inesperada descobri que os amigos estão desaparecendo do meu convívio, levados pelo corre-corre desenfreado da vida. Naqueles tempos, a gente (eu, Willian e Dudu) costumava virar a noite fechando jornal. Deve-se dizer que o jornalismo impresso tinha um peso muito maior do que se tem hoje e a internet, que ameaça colocar uma pá de cal na sua lápide, dava ainda seus primeiros passos.

Eram outros tempos, tempos quase inocentes, tempos de sonhos, quando o grande barato era criar asas.
Para fechar a semana de coisas boas, recebi uma chamada de celular. No início não acreditei muito, mas era o dileto amigo Leo Mendes que estava na cidade. Depois de quatro longos anos, Leo visitava amigos e de quebra trazia seu irmão Lindolfo, que é uma figuraça. No boteco do Baixinho os dois receberam amigos e monopolizaram as atenções com amenidades e piadas, todas publicáveis, é bom que se diga.

Apesar de residir em Brasília, Lindolfo é figura conhecida, afinal de contas, assina o acessado blog Sol do Carajás, que aliás, já deu muita dor de cabeça para uns e outros políticos. Tirante isso se pode dizer sem correr risco de passar vexame, que ele é um camarada muito gente boa. Ou seja, não pisando nos seus calos, ele terá sempre uma piada pronta para presentear os amigos.

O Leo… Ah o Leo é um capítulo a parte. Além de ser um jornalista de mão cheia é meu parceiro em algumas músicas, como “Marajó”, lindamente interpretada por Lucy Fabris e que inclusive andou ganhando festivais, e sempre foi um amigo de caminhada política, rodas de violão e conversas jogadas fora aleatoriamente. Nos bons tempos nos reuníamos em torno de uma suculenta carne na chapa, especialidade do Baixinho, regada a bebidas a gosto do freguês. Nesses momentos Leo desfiava o rosário de anedotas para deleite dos presentes.

Hoje em dia ele leciona História nos melhores colégios da cidade universitária de Campina Grande. Talvez seja uma das maiores culturas que eu conheci; se não a maior.
Figura extremamente interessante, com o sotaque bem agreste, tipicamente nordestino, ele vai levando a vida, aliás, a vida vai lhe levando. ‘‘É, meus amigos estão todos indo para o Canadá’’, Um banzo danado, uma coisa bem deprê foi chegando, mas, só até eu dá uma espiada no céu estrelado de julho. ‘‘Não vou sair, não vou deixar esse lugar’’. Tinha batido com os olhos no luar no exato momento em que a lua foi bater no mar e eu fui que fui ficando.

Comentários