Nem a distribuição de flores brancas aos vereadores – menos Zé do Bode (que não foi agraciado pelo ex-amigo); Luiz Castilho (que não aceitou) – salvou o vereador Aurélio Ramos de Oliveira, o Aurélio Goiano, da cassação ao mandato legislativo que ele conquistou com 1.508 votos dados democraticamente na última eleição.

Os vereadores foram unânimes em aprovar a resolução de número 015/2021 de autoria da comissão de ética e decoro parlamentar que decretou a perda do mandato do vereador por conduta incompatível com o decoro parlamentar. Foram 12 votos a favor, o teto necessário para a cassação seriam 10 votos.

A tática das rosas

Em uso da palavra, o vereador Aurélio Goiano tentou uma tática bem diferente, tentando safar a defesa atrapalhada de sua advogada. Por diversas vezes nas sessões da Câmara, ele distribuiu críticas que mais pareciam espinhos para os seus colegas vereadores. E isso foi ressaltado pela maioria como justificativa dos votos a favor da perda do mandato.

Nesta quinta-feira (21), tratou de distribuir flores e partiu para a defensiva. Fez questão de elogiar todos os parlamentares, enfatizando suas virtudes, talvez numa última tentativa de conseguir votos que o salvariam da cassação, mas infelizmente não foi assim.

Segunda cassação 

Goiano também já foi vereador no interior do Goiás, anos atrás. Pelo seu estilo agressivo, chegou a agredir uma pessoa e mais uma vez foi submetido a processo de cassação na Câmara de Vereadores. Em menos de um ano, ele já estava fora.

Como se fosse um dé javú, mas não, trata-se de realidade, Aurélio Goiano volta a ser cassado, mais uma vez, tento como um dos agravantes, a violência. Agora, também, em menos de um ano, ele deixa a Câmara.

Os motivos da cassação

• Da invasão do Hospital Geral de Parauapebas – HGP;
• Da convocação para fechamento da portaria da Vale, da cidade, da prefeitura e da incitação à invasão da residência do prefeito pelo vereador Aurélio Goiano em resposta ao Decreto Municipal nº 1087/2021, que estabeleceu lockdown;
• Da ameaça de morte por esfaqueamento ao servidor público João Sérgio Leite Giroux.

Confusão

Como já se esperava, a equipe de segurança da Câmara de Parauapebas teve sérios problemas. Grupos a favor da cassação e contra andaram se estranhando e por pouco não foram as vias de fato.

Os ânimos foram acalmados.

Comentários