A Polícia Civil do Estado do Pará, por meio do Plantão da Delegacia de Canaã dos Carajás, realizou uma importante operação que culminou na elucidação de um grave crime de roubo qualificado, ocorrido no dia 30 de janeiro de 2025. Na ocasião, quatro criminosos participaram de um assalto e mantiveram a esposa da vítima rendida e mantida sob restrição de liberdade, enquanto os assaltantes subtraíam diversos bens de alto valor, incluindo uma arma de fogo registrada e munições.
Dois dos envolvidos, Aguenel Lima da Cruz e Raimundo Gabriel de Oliveira Agostinho, foram presos em flagrante durante a fuga, sendo encontrados em posse de parte dos objetos roubados e uma pistola calibre Ponto 40, utilizada no crime.
A partir das prisões, as investigações prosseguiram, com levantamento de imagens de câmeras de segurança e cruzamento de informações, o que permitiu identificar Kerley Gonçalves de Araújo, vulgo Coreano, o mentor da ação criminosa. A Polícia Civil apurou que Kerley já era considerado foragido, com dois mandados de prisão em aberto: um por condenação definitiva por homicídio e outro por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo, expedidos pelas varas criminais de Araguaína (TO) e Acará (PA).
Após um trabalho conjunto de inteligência envolvendo a Denarc e o NAI de Tucuruí e Dom Eliseu, KERLEY foi localizado em Canaã dos Carajás, onde estaria escondido. Ontem (27), durante a tentativa de cumprimento dos mandados de prisão, o foragido reagiu à abordagem policial, sacando um revólver calibre 38. Na iminência da injusta agressão, um dos policiais efetuou disparos que atingiram Coreano, que foi socorrido ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
No imóvel onde o criminoso foi localizado, foi encontrada uma jovem de 19 anos, identificada pelas iniciais C.E.O.P., que relatou ter sido mantida em cárcere privado por Kerley. A jovem revelou ainda ter sido agredida e estuprada pelo foragido, que a ameaçava caso procurasse ajuda. No local, foram apreendidas porções de drogas, uma balança de precisão e uma identidade falsa.
Segundo as investigações, Kerley, natural de Jacundá, era considerado de alta periculosidade e atuava no crime desde 2009, acumulando passagens por homicídios, roubos, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, uso de falsa identidade, além de diversas fugas do sistema penitenciário paraense. Informações apontam ainda que o criminoso integrava uma facção criminosa e pretendia assumir o comando da organização em Canaã dos Carajás.
As perícias cabíveis foram requisitadas ao CPC Renato Chaves, que realizou a remoção e os exames necessários.