Os números falam por si, e sem mais delongas, o portal Papo Carajás vai mostrar detalhes da recente prestação de contas do governo de Josemira Gadelha: os servidores temporários com vínculo precário custam mais para os cofres públicos que os servidores concursados.
Um extrato da folha de pagamento de junho da Secretaria Municipal de Educação (Semed) entregue pela gestão de Josemira ao Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) revela que, enquanto a folha dos servidores efetivos custou R$ 6,865 milhões, a despesa com temporários bateu R$ 10,666 milhões, 55% acima. A folha dos comissionados da educação totalizou R$ 1,47 milhão. Tudo isso pago, em parte, com recursos federais saídos diretamente do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
E não, a folha de temporários não vai baixar, no que depender da vontade da prefeita Josemira. Pelo contrário: a gestora deve convocar uns pouco “gatos pingados” do concurso público em andamento, mas sete vezes mais contratados com vínculo precário por meio de um afrontoso processo seletivo simplificado que surpreendeu a todos e atropelou o concurso, sob o olhar incólume dos órgãos de fiscalização.
Vale lembrar que a educação da rede pública municipal de Canaã dos Carajás está em situação de desastre. A nota média de proficiência em português e matemática dos alunos concluintes do ensino fundamental caiu na gestão de Josemira e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) também retrocedeu, fazendo do ensino da Terra Prometida um dos piores da região.
Na propaganda institucional, contudo, Josemira tenta demonstrar que Canaã vive em universo paralelo, onde tudo é um sonho encantado. Mas se o Ideb, do Ministério da Educação (MEC), não mente, a prefeita — que vive no mundo das festas e, ao que parece, da lua — precisa ser estudada.