O vereador Cleidson de Souza Oliveira, conhecido como Dodô, voltou a gerar polêmica em Tucuruí. Desta vez, usou seu perfil no Instagram para atacar violentamente o portal de notícias Papo Carajás, chamando a equipe jornalística de “bando de mentirosos, bandidos e crápulas”. A reação agressiva ocorre após o vereador ter sido alvo de uma decisão judicial que o obrigou a remover publicações com fake news de suas redes sociais.
Na gravação veiculada no direct do Instagram do Papo Carajás, Dodô também menciona o cidadão Cleiton — o mesmo citado em processo eleitoral — como suposto envolvido nas postagens falsas. Ambos, segundo decisão do juiz Pedro Enrico de Oliveira, da 40ª Zona Eleitoral de Tucuruí, foram obrigados a retirar os conteúdos falsos, sob pena de multa de até R$ 30 mil.
Relembre a decisão judicia
A representação, movida pela coligação “O Trabalho Não Vai Parar” e pela candidata Cláudia Gonçalves Ferreira, denunciou que vídeos publicados nos perfis de Cleiton da Silva Brito e Cleidson de Souza Oliveira (Dodô) atribuíam à candidata práticas criminosas e uso indevido de dinheiro público. Os vídeos usavam voz robotizada e chamavam Cláudia de “Cláudia dinheirinho”.
Segundo a decisão judicial emitida no dia 30 de junho de 2025, ficou evidente que o conteúdo disseminado por Dodô e Cleiton se tratava de notícias sabidamente falsas com potencial de manipular o eleitorado e comprometer a lisura do processo eleitoral suplementar. A justiça, então, determinou:
• A remoção imediata das postagens do Instagram no prazo de 24 horas;
• Multa diária de R$ 1.000,00, limitada a R$ 30.000,00, em caso de descumprimento;
• Possibilidade de a própria empresa Meta (responsável pelo Instagram) remover o conteúdo, caso os representados não cumpram a ordem;
• E eventual retratação pública nas redes sociais dos envolvidos.
Apesar da ordem judicial clara e objetiva, Dodô preferiu desferir ataques àqueles que divulgaram a decisão ou cobraram sua responsabilidade, como no caso do Papo Carajás.
Justiça, imprensa e responsabilidade
O episódio escancara não só o uso irresponsável das redes sociais por parte de figuras públicas, mas também uma tentativa de intimidar a imprensa. A decisão judicial é clara: Dodô e Cleiton foram os responsáveis pela veiculação de fake news. E agora, ao invés de promover a reparação devida, o vereador prefere atacar jornalistas e cidadãos que apenas exigem o cumprimento da lei.
Ao que parece, o vereador Dodô tenta inverter os papéis, tratando como criminosos aqueles que denunciam os seus próprios atos ilegais.
A liberdade de expressão não é escudo para agressões e mentiras — e muito menos para desrespeitar decisões judiciais.