Dois parauapebenses estão oficialmente entre os aprovados no dificílimo concurso para ingresso na carreira de estado de especialista em recursos minerais da Agência Nacional de Mineração (ANM), uma espécie de auditor federal da regulação econômico-minerária. O certame, que é extremamente raro, é considerado o mais difícil do Brasil entre as 11 agências reguladoras federais. A última vez em que a ANM abriu concurso “grande” foi em 2010, para 256 vagas.
No concurso deste ano, a carreira de especialista em recursos minerais reservou 180 vagas em várias formações em 25 das 27 capitais brasileiras. Já a carreira de analista administrativo ofertou 40 vagas. Pelo plano de carreiras, a remuneração pode passar de R$ 30 mil com o vale-alimentação.
O concurso da ANM está entre os de mais alto nível do Brasil para cargos do Poder Executivo federal e as provas, que exigem conhecimento avançado em várias áreas do Direito e até inglês, são equiparáveis às da Receita Federal, Polícia Federal, Banco Central, Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União. O “sarrafo” foi tão alto que sobraram vagas nos cargos a que os dois parauapebenses concorreram.
Coincidentemente, os aprovados são servidores efetivos da Prefeitura de Parauapebas e vão representar os interesses do Pará na ANM. Um foi classificado nas vagas imediatas e outro em cadastro reserva, para ser chamado na vigência do concurso. Na ANM, eles vão trabalhar com outorga e fiscalização da atividade minerária, fato gerador dos royalties de mineração, cobiçados pelos prefeitos.
O portal Papo Carajás entrou em contato com um dos aprovados, que prefere, por enquanto, não comentar o triunfo no certame, que reuniu a elite concurseira de norte a sul do país.