A última noite do Festival Junino de Parauapebas foi marcada por emoção, brilho e celebração da cultura nordestina e amazônica. Pela primeira vez, o evento foi realizado diretamente pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), com organização no formato de edital, promovendo maior transparência, incentivo à participação e valorização das manifestações populares.
O festival reuniu 26 quadrilhas e atraiu um grande público para a praça de Esportes Radicais nas cinco noites de evento. As apresentações trouxeram temáticas diversas, como a história de Lampião e Maria Bonita e as tradições e lendas paraenses, destacando a criatividade e o comprometimento dos grupos juninos.
Além do espetáculo visual e da força das coreografias, o festival foi também um impulso para a economia local, movimentando ambulantes, costureiras, cenógrafos, músicos e outros trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com o evento.
As disputas foram em três categorias. Caipira, estilizada e salão. Fernando, noivo da Quadrilha do Pedro, reforçou a importância de manter viva a essência das festas juninas tradicionais. “Vamos trazer o tema Cordel Encantado. Esse tema é caipira, então vamos apresentar passos tradicionais, como o ‘galo de briga’. Acho importante não fugir disso, porque não precisamos exagerar nos passos estilizados”, explica o dançarino.
Existe também um papel fundamental no espetáculo, mas nem sempre aparece nos holofotes, são as pessoas que atuam nos bastidores das quadrilhas. Dona Ivonete, da quadrilha Flor do Sertão, destaca o impacto desse trabalho no resultado final. “É muito importante a gente estar aqui e conseguir chegar até a arena pra mostrar o nosso melhor. Com muita luta, com muito sacrifício. Não está sendo fácil, mas estamos aqui dando tudo de nós”, conta.
O ponto alto da noite foi o anúncio da quadrilha campeã da edição 2025 na categoria Caipira. A Rabo de Palha levantou e troféu e garantiu um cheque de seis mil reais. A junina encantou o público e os jurados com sua apresentação colorida e nostálgica sobre os anos 80 e 90. O vice-presidente do grupo celebrou o título. “São seis meses de trabalho. A gente já vinha de oito anos como campeões do Festival Jeca Tatu e agora ser campeão do primeiro Festival Junino de Parauapebas nos dá muita alegria. É o nono ano seguido!”.
Além da quadrilha campeã, também foram premiadas as categorias de melhor marcador e casal de noivos.
Texto: Morgana Albuquerque/Fotos: Irisvelton Silva/Assessoria de Comunicação/PMP – 2025
