Candidatos aprovados em concurso público em andamento para a Prefeitura de Canaã dos Carajás e a sociedade como um todo querem saber (e o Ministério Público bem que vai querer também): se a demanda de trabalho para 1.000 profissionais de apoio escolar, mediadores de aprendizagem e monitores educacionais existe, por que Josemira não abriu concurso para esses postos em quantidade suficiente para suprir a necessidade da rede pública municipal de ensino?
E mais: por que a insistência em terceirizar funções da administração municipal, pagando, inclusive, mais caro do que se o pessoal estivesse no quadro próprio da prefeitura? Seria uma tentativa de enrolar os órgãos de fiscalização e controle externo? Confira a íntegra do processo licitatório revelado pelo portal Papo Carajás aqui https://www.tcm.pa.gov.br/mural-de-licitacoes/licitacoes/ficha/4164691#licitacao.
Outra coisa: por que abrir processo seletivo para contratação temporária a fim de preencher as mesmas vagas do concurso em andamento, desrespeitando dezenas de milhares de candidatos que se submeteram ao concurso? Por que a prefeita Josemira Gadelha desprestigia aprovados em concurso público e não abre cadastro reserva, na tentativa de limitar à convocação a poucos gatos pingados classificados dentro das vagas?
É por conta dessas medidas esquizofrênicas que a gestão de Josemira, mesmo com muito dinheiro para maquiar a realidade, é um verdadeiro fracasso no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Na última e mais recente apuração de Ideb, divulgada ano passado (referente a 2023), a rede pública municipal de ensino de Canaã não conseguiu atingir as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), e a nota ainda caiu nos anos finais do ensino fundamental, passando de 4,6 em 2021 para 4,4 em 2023. É um verdadeiro retrocesso pedagógico que se perpetua a partir de medidas administrativas caras e equivocadas.
Como consequência, os alunos saem do ensino fundamental da rede municipal em Canaã rumo ao ensino médio com aprendizagem inferior em relação a 2021, comprovadamente com proficiência em português e matemática mais baixa, segundo dados do MEC.
E nada de a prefeita Josemira se mover para ampliar a convocação de professores da educação básica por meio do concurso em andamento. É a tragédia anunciada do desmonte na educação da Terra Prometida.