A Vale assumiu com os sindicatos Metabase Carajás e Stieapa a total transparência e entendimento, com a participação efetiva dos sindicatos em todos os passos e medidas a serem tomados até que até que seja solucionado o grave problema da interdição das minas de Onça Puma e do Sossego.
Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (21), RTs da empresa ouviram das direções dos Sindicatos as preocupações e expectativa de medidas que assegurem os empregos e a manutenção de benefícios sociais em qualquer medida eventualmente a ser tomada no caso de demora nos entendimentos que permitam o retorno de operação das duas minas.
Diante do início de férias coletivas de 108 trabalhadores de Onça Puma neste dia 23 de maio, as discussões dessas alternativas devem se acelerar para ajustar eventuais medidas a serem tomadas, que podem exigir inclusive a assinatura de um acordo coletivo extraordinário.

As direções sindicais fizeram várias sugestões,. sempre nas perspectiva da manutenção de empregos e benefícios através de transferências de unidades, apesar de relatarmos os graves no caso de realocação já enfrentados no passado, que obrigou trabalhadores a ficarem em hotéis, desencadeando desarticulação das famílias e outras graves ocorrências.
Os sindicatos também manifestaram preocupação com os trabalhadores terceirizados, para que sejam tratados com a mesma proteção, exigindo das empresas a que estejam ligados o mesmo tratamento de preservar empregos e direitos sociais.
O Metabase e o Stieapa afirmaram o total empenho em buscar os poderes públicos e depositaram expectativa do entendimento com o governo do Pará e Semas, além da intermediação do poder judiciário, para aparar eventuais arestas que esteja dificultando a solução para o fim da interdição.

Várias medidas foram comentadas como alternativas de suspensão de contrato de trabalho com requalificação de mão de obra. Os Sindicatos alegaram que desligamento eventualmente solicitado por trabalhador em face de interdição seja através de plano de desligamento incentivado, mas sempre tendo como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos sociais dos acordos coletivos, como plano de saúde, cartão alimentação e demais benefícios.
Os Sindicatos reafirmaram o trabalho unificado para resgatar a normalidade e regularidade da operação nas duas minas, buscando todos os poderes que possam intervir para superar o caos das interdições. Solicitamos da empresa o contato permanente, para recebermos imediatamente todas as informações sobre evolução nas tratativas, para que possamos repassar informações seguras aos trabalhadores, de forma a evitar especulações e notícias falsas e veiculadas através das redes sociais.
Em conversa com o Papo Carajás, o presidente do Sindicato Metabase Carajás, Raimudo Nonato Amorim, o Macarrão, ressaltou o empenho da diretoria em reforçar junto a Vale o direito dos trabalhadores. “Até que seja resolvido esse impasse da interdição das minas junto ao governo do Pará, estaremos monitorando o relacionamento da Vale com os trabalhadores, bem como o relacionamento das empreiteiras com os funcionários. É necessário que estejamos assegurados que os direitos dos profissionais sejam resguardados mediante a essa questão. É uma ameaça constante de crise, pois são mais de 4 mil homens parados com essas interdições desnecessárias para a nossa região.” Finalizou o sindicalista.