A Floresta Nacional de Carajás (Flona Carajás), no sudeste paraense, acaba de ganhar um presente para comemorar seus 27 anos desde a sua criação: o Camping Refúgio da Canga. O novo atrativo, localizado a 70 km da cidade de Parauapebas, será entregue e inaugurado na próxima quarta-feira, 5 de fevereiro, mês em que é comemorado o aniversário de criação legal da Flona Carajás.
A novidade vem para transformar a experiência dos visitantes da região. Com capacidade para acomodar até 40 barracas, o camping oferece infraestrutura de qualidade, incluindo banheiros completos, área de apoio para cozinha, chuveiros externos e um bosque particular dentro da área de camping, além do fornecimento de água e sistema de tratamento de esgoto, atendendo às necessidades dos turistas de forma sustentável. Próximo a mirantes, cachoeiras e cavernas, o Refúgio da Canga também servirá de ponto de apoio para quem percorre a “Rota Carajás”, circuito turístico que conecta diversos atrativos da região, proporcionando uma imersão completa na natureza.
“O Camping Refúgio da Canga é muito mais do que um simples espaço para acampar. Ele simboliza a integração entre a conservação ambiental e o turismo responsável. Queremos oferecer aos visitantes o melhor da Floresta Nacional de Carajás, com conforto e segurança, sem comprometer a preservação do nosso patrimônio natural”, afirma Marcelo Brito, Engenheiro Civil, responsável pela obra.
O Refúgio da Canga também reflete o compromisso do ICMBio Carajás com a educação ambiental. “Esta construção faz parte do nosso trabalho de promover o turismo sustentável e conscientizar os visitantes sobre a importância da preservação dos ecossistemas locais. O camping permitirá que as pessoas se conectem ainda mais com a natureza, respeitando e valorizando a biodiversidade de Carajás”, destaca André Macedo, chefe do ICMBio Carajás.
Com a inauguração do camping, a região de Carajás amplia suas opções de lazer e turismo, que em 2024 cresceu em 400% comparado ao ano de 2023, tornando-se um destino ainda mais atrativo para quem busca vivenciar a natureza de maneira responsável. O Refúgio da Canga é uma oportunidade para quem deseja aproveitar a rica biodiversidade da Floresta Nacional de Carajás, com a segurança e o conforto de uma infraestrutura planejada para atender aos visitantes de forma sustentável.
Vitor Garcia, Coordenador de Uso Público do ICMBio Carajás, comenta a entrega: “A inauguração do Camping Refúgio da Canga é um marco na implementação de um turismo responsável e ordenado dentro da Floresta Nacional de Carajás. Nosso trabalho é consolidar o uso público das Unidades de Conservação, oferecendo à sociedade a oportunidade de interagir com o meio ambiente de forma educativa e sustentável. Com a criação e estruturação de novos atrativos, como o Refúgio da Canga, estamos não apenas ampliando as opções de lazer e educação ambiental, mas também solidificando o uso das UCs como parte da economia local. A ideia é fortalecer cada vez mais a interação entre visitantes, condutores de turismo, agências de turismo e as comunidades locais, criando uma rede de turismo sustentável que beneficie tanto a natureza quanto as pessoas.”
Sobre a Floresta Nacional de Carajás: A Floresta Nacional de Carajás, com diploma de criação legal do dia 2 de fevereiro, Dec nº 2.486, é uma área de conservação ambiental e uma das principais unidades de conservação do Brasil. Sua área de extensão é de aproximadamente 391.263.04 hectares. Localizada no sudeste do Estado do Pará, ocupa aproximadamente 70% do território de Parauapebas, e X% do território de Canaã dos Carajás e está inserida em um dos maiores ecossistemas tropicais do mundo, o bioma amazônico brasileiro.
A Floresta Nacional de Carajás foi criada com o objetivo de proteger e conservar a biodiversidade da região, ao mesmo tempo em que possibilita o uso sustentável de seus recursos naturais, com atividades como o ecoturismo e a pesquisa científica.
Importância:
1. Biodiversidade: A Flona Carajás abriga uma rica biodiversidade, com inúmeras espécies de fauna e flora, muitas delas endêmicas ou ameaçadas de extinção, como é o caso da Flor de Carajás, espécie-símbolo do município de Parauapebas.
2. Conservação de Ecossistemas: A unidade de conservação protege diferentes tipos de ecossistemas, incluindo os Campos Rupestres Ferruginosos, um ambiente único com vegetação adaptada às condições minerais do solo, além das áreas de floresta tropical e cerrado.
3. Pesquisa Científica: A Flona Carajás serve como um importante laboratório natural para estudos científicos sobre ecologia, conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Diversas pesquisas acadêmicas e científicas têm sido realizadas na região.
4. Turismo Sustentável: Destino crescente para o ecoturismo, especialmente com a “Rota Carajás”, que atrai turistas interessados na biodiversidade local e na visitação de atrativos naturais como cachoeiras, mirantes, cavernas e agora o mais novo atrativo, o camping Refúgio da Canga. O turismo sustentável é uma das formas de gerar conscientização sobre a importância da conservação da natureza, além de contribuir com o desenvolvimento econômico da região.
5. Mineração e Sustentabilidade: A região de Carajás é também conhecida pelas grandes reservas de minério de ferro. A unidade de conservação visa equilibrar a exploração mineral na região com a proteção ambiental. O ICMBio Carajás, responsável pela gestão da Flona, trabalha para garantir que as atividades econômicas sejam realizadas de forma sustentável, sem comprometer a biodiversidade e os ecossistemas.
6. Serviços Ambientais: A Floresta Nacional de Carajás desempenha um papel vital na manutenção dos serviços ambientais essenciais, como a regulação do clima, a preservação de cursos d’água, o controle da erosão do solo e a manutenção dos ciclos naturais.
A Floresta Nacional de Carajás continua a ser um dos maiores e mais importantes patrimônios naturais do Brasil, equilibrando a conservação ambiental com as necessidades sociais e econômicas da região.
Sobre o ICMBio: O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela gestão das Unidades de Conservação federais. Seu principal objetivo é promover a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a valorização das populações tradicionais.
