A operação Magna Fraus, da Polícia Federal, deflagrada na semana passada, prendeu Fernando Otávio Silva Souza, irmão de Ítalo Jordi Santos Pireneus, conhecido como Breu, e apontado como um dos principais líderes do maior roubo ao sistema financeiro já registrado no país.
Segundo pessoas a par das investigações, Fernando é investigado por receber em suas contas bancárias e carteiras de criptomoedas, parte dos mais de 800 milhões roubados com a invasão hacker ao sistema da C&M Software. Ele foi preso em Goiânia quinta-feira (30). Seu irmão, vulgo Breu, foi detido na Espanha e aguarda extradição para o Brasil. Ele é suspeito de atuar como intermediário entre os hackers responsáveis pela invasão e os encarregados de lavar o dinheiro roubado.
Italo e Fernando não compartilham os mesmos sobrenomes, mas a relação de irmãos é evidenciada em um processo que tramita no Tribunal de Justiça do Pará sobre a herança de Maria José Silva, mãe dos dois. Ela foi a criadora do Instituto Amigos que Brilham, organização não-governamental que atua em Parauapebas (PA).
Nas redes sociais, Fernando aparece como o atual responsável pelo instituto, que se chama Instituto Maria Estrela desde 2024. Embora a sede da ONG seja no Pará, Fernando é dono de uma lavanderia em Goiânia.
Foram presos outros quatro investigados em Goiânia por receber dinheiro do roubo em suas contas bancárias: Marcos Paulo Pereira de Oliveira, Beatriz da Silva Oliveira, Thales Nobre da Costa e Halisson Martins dos Santos. A Polícia Federal não especificou quais os motivos das prisões.
A advogada de Fernando, Rafaela Martins, afirmou ao Bastidor que esclarecimentos serão dados nos autos em momento oportuno. O advogado de Halisson, Eduardo Moura, disse que a atuação de seu cliente foi exclusivamente referente ao seu trabalho de corretor de imóveis e veículos. As defesas de Marcos Paulo Pereira de Oliveira, Beatriz da Silva Oliveira e de Thales Nobre da Costa não foram localizadas.
Fonte: O Bastidor
