As peripécias da prefeita Josemira Gadelha, com relação ao concurso público em andamento para preenchimento de vagas do quadro de pessoal efetivo da Prefeitura de Canaã dos Carajás, foram parar nos tribunais.
Candidatos aprovados no certame não se fizeram de rogados e foram para cima tentar barrar os desmandos da gestora que dispensou a formação de cadastro reserva no concurso para abrir as porteiras das contratações temporárias e terceirizações. Eles ingressaram com ação popular na 1ª Vara Cível de Canaã dos Carajás.
Josemira, que mandou ofertar apenas 65 vagas em cargos de professor no concurso público, abriu Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratar temporariamente 543 professores nas mesmas funções do concurso. Para piorar, ainda autorizou licitação com vistas a contratar 1.000 trabalhadores terceirizados para atuar nas escolas da rede pública municipal.
Além de gerarem indignação em candidatos que prestaram o concurso, mas foram barrados por cláusula abusiva imposta no edital pela prefeita, as medidas atrapalhadas de Josemira ajudam a derrubar ainda mais o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede municipal de Canaã dos Carajás. O Ideb é o instrumento oficial do Ministério da Educação (MEC) para mensuração do ensino e da aprendizagem.
Sob o comando da Rainha do Camarote, os concluintes do ensino fundamental na bilionária Canaã dos Carajás saem da escola “menos inteligentes” em matemática e português que em 2021. Os resultados educacionais da Terra Prometida — movida pela farra de contratação de comissionados, temporários e terceirizados — são decepcionantes e vergonhosos.