Não, você ainda não viu todos os absurdos administrativos cometidos pela prefeita Josemira Gadelha em Canaã dos Carajás. Após colocar cláusula de barreira no edital do concurso em andamento para dificultar a formação de cadastro reserva, e depois de lançar um vergonhoso seletivo simplificado na educação, a prefeita que age como se tudo fosse festa lançou um acintoso pregão para terceirizar serviços na educação básica municipal e contratar 1.000 trabalhadores sem vínculo direto com a administração municipal.
A medida — que prevê admissão CLT de 630 profissionais de apoio escolar, 220 mediadores de aprendizagem e 150 monitores educacionais — é uma clara tentativa de burlar a exigência legal e constitucional de concurso público e perpetuar a manutenção de cabides de emprego na Prefeitura de Canaã dos Carajás por meio de vínculos precários e, neste caso, encoberto por empresa privada.
Detalhe: o quantitativo previsto para 2025 é muito maior que o total contratado em 2024 por Josemira: eram 375 profissionais de apoio escolar, 62 mediadores de aprendizagem e 20 monitores, totalizando 457 possibilidades de contratação. Para este ano, a prefeita autorizou fermentar a cabide de emprego em 118%. Confira a íntegra do absurdo processo licitatório aqui: https://www.tcm.pa.gov.br/mural-de-licitacoes/licitacoes/ficha/4164691#licitacao.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Canaã justifica a terceirização como “essencial para garantir que todos os alunos, especialmente aqueles com necessidades educacionais específicas, recebam o suporte necessário para seu desenvolvimento acadêmico e social” e alega que a medida “é crucial na adaptação do currículo e na implementação de estratégias pedagógicas individualizadas” para atender às necessidades especificas de alunos com deficiências ou dificuldades de aprendizagem.
Enquanto isso, a prefeita Josemira se cala diante do clamor de candidatos aprovados no concurso público em andamento, os quais pleiteiam a simples possibilidade de figurar em cadastro reserva que não foi previsto no edital do certame por exigência da gestora, como manobra para manter cabides perpétuas de trabalhadores temporários e com vínculo precário.