A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse neste domingo que os EUA não deixarão o cerco à Síria até que suas metas sejam cumpridas.

Falando ao Fox News Sunday, Haley listou três metas para os Estados Unidos: garantir que as armas químicas não sejam usadas de qualquer forma que represente um risco aos interesses dos EUA; que o Estado Islâmico seja derrotado; e que haja um bom ponto para se observar o que o Irã está fazendo.

Ela diz que o objetivo do país é “ver as tropas americanas chegarem em casa”.

— Mas não iremos embora até que saibamos que realizamos essas coisas — comentou.

Também neste domingo, o Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse que as potências ocidentais não têm planos para novos ataques com mísseis na síria, mas avaliarão suas opções se “Damasco usar armas químicas novamente”.

A fala soou moderada diante das afirmações do presidente Donaldo Trump. No sábado, após adotar um tom belicoso comparável ao anúncio de uma nova guerra, ele afirmou que o ataque de forças americanas, inglesas e francesas a três instalações militares sírias — que seriam responsáveis por armas químicas — foi concluído com sucesso. Embora os principais atores do conflito tenham deixado claro que vão calcular bem seus próximos passos, os americanos preferiram deixar em aberto a possibilidade de novas ataques.

Enquanto isso, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse a um grupo de legisladores russos neste domingo que os ataques com mísseis ocidentais em seu país foram um ato de agressão.

A Rússia, que está ajudando Assad a combater militantes e rebeldes que se opõem ao seu governo, condenou imediatamente a ação e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

— Do ponto de vista do presidente, isso foi uma agressão e nós compartilhamos essa posição — disse o parlamentar Sergei Zheleznyak, segundo a agência de notícias russa TASS, após a reunião com Assad na capital síria, Damasco.

O presidente estava “de bom humor” e continuando seu trabalho em Damasco, disseram os legisladores, elogiando os sistemas de defesa aérea da era soviética que a Síria usou para repelir os ataques ocidentais.

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