O crime organizado está tomando conta de pontos estratégicos da capital paraense, mas o Governo do Estado prefere negar a existência para não alarmar a população. O resultado disso, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol/PA) são os recorrentes casos de violência e assassinatos de servidores de segurança pública.

A execução mais recente foi do investigador da Polícia Civil Cândido Félix Rodrigues Santana, de 69 anos, morto com disparos efetuados por um homem na noite do último sábado (1º), dentro de um mercadinho localizado em frente à delegacia do bairro do Atalaia, em Ananindeua.

A morte do investigador fez o Sindpol se pronunciar nas redes sociais. Em um desabafado na manhã deste domingo (2), o sindicato afirma que “já vinha alertando que tudo isso aconteceria” e que “há muito tempo vem cobrando do governo uma mudança radical da forma de conduzir nossa instituição”.

“Infelizmente, a política fala mais alto de que a vida humana. Hoje, mais uma vez foi comprovado isso com a morte anunciada do nosso irmão IPC Cândido Félix. A pergunta é, quantos mais pais de família, trabalhadores e servidores da segurança pública terão que perder a vida para que esses gestores possam tomar uma atitude de verdade e conversar com pessoas que vivenciam essa realidade? Talvez, por eles não vivenciarem, não conseguem enxergar o que todos nós estamos vivendo”, questiona o sindicato.

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