A queda de três torres em uma linha de energia que leva do Norte ao Sudeste do país a produção da hidrelétrica de Belo Monte deixou indisponível o empreendimento de transmissão, operado pela Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), uma parceira entre a chinesa State Grid e a estatal Eletrobras.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse em nota que o linhão saiu de operação às 22h58 do domingo e que vem “tomando as medidas operativas necessárias para garantir a continuidade do suprimento de energia no país” sem a estrutura, que tem mais de 2 mil quilômetros de extensão entre o Pará e Minas Gerais.

“No dia 14 de janeiro, após inspeção inicial da BMTE, o ONS foi informado pelo agente da queda de três torres desse sistema de transmissão, na divisa dos municípios de Ipameri e Catalão, no Estado de Goiás.”

A causa da queda das três torres ainda está sendo avaliada, segundo o ONS, mas havia relatos de “vendaval na região no horário da queda”.

O operador do sistema disse que não chegou a haver interrupção do suprimento devido ao problema e que entre as medidas para garantir a continuidade do serviço estão o acionamento de geração térmica adicional e despacho maior de outras usinas hidrelétricas.

Uma fonte disse que houve queda de torres ainda em um segundo linhão que ajudará a conectar Belo Monte ao sistema, esse em obras e sob responsabilidade também da State Grid, por meio da controlada Xingu-Rio (XRTE).

“Da XRTE foram três torres em Minas Gerais”, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque não tem autorização para conversar com a imprensa.

O ONS não tem informações sobre as torres da XRTE, porque o empreendimento ainda não está em operação, o que é previsto atualmente para junho.

Procurada, a State Grid não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

 

 

Fonte. Reuters

Comentários