Uma confusão envolvendo prisões por Lei Maria da Penha e acusação de estupro, culminou numa surra aplicada por Idelson Porto Dias, de 27 anos, em Felício Ferreira Filho, de 46. O Papo Carajás vai explicar detalhe por detalhe do episódio inusitado ocorrido na noite desta quarta-feira (12), em pleno Dia dos Namorados, em uma cela de transição da 20ª Seccional de Polícia Civil, em Parauapebas.

Vamos por partes. Falaremos primeiro da prisão de Felício Ferreira. O acusado que afirma ser pedreiro desempregado vivia em uma casa no bairro Tropical com sua companheira, que tem uma filha de 10 anos de idade.

Há dois meses, a polícia investiga Felício pelas informações prestadas pela menor à polícia de que ela estava sendo abusada sexualmente pelo padastro. A delegada Ana Carolina afirmou em entrevista que a criança relatou a uma psicologa que por diversas vezes Felício realizou sexo oral nela, tentou efetuar sexo anal, e esfregava o pênis na vagina dela, bem como tentou a obrigar a praticar sexo oral nele.

 

Diante das informações, a polícia solicitou um mandado de prisão à justiça, que foi cumprido na tarde de ontem (12). “O Felício é usuário de drogas desde os nove anos de idade e negou todas as acusações. A criança relatou a psicologa que a mãe sabia de tudo e já havia exigido que ela não comentasse a situação com ninguém. A mãe também vai responder pela omissão, haja vista que é direito dela resguardar a integridade física e mental da filha. Soubemos que a mãe também está envolta ao mundo das drogas”, disse a autoridade.

Felício já foi transferido para a carceragem do bairro Rio Verde. Já a criança, submetida a exame sexológico forense e encaminhada ao hospital para tratar da DST que ela contraiu.

Em conversa com a reportagem, Felício negou todas as acusações e disse que se trata de uma vingança da mãe da criança pela separação. “Ela disse que ia me ferrar, aí acontece isso. Se eu realmente tivesse feito uma coisa dessa, não era nem pra estar preso, e sim, morto”.

 

PRESO POR AMEAÇAR A MULHER SENTA A “TACA” EM FELÍCIO

Mas antes de descer para a carceragem do bairro Rio Verde, Felício levaria um corretivo de um preso novato.

Já era noite do Dia dos Namorados quando chegou a 20ª Seccional de Polícia Civil, Ideilson Porto Dias, 27 anos, preso acusado de ameaçar e agredir a mulher. Além de objetos pessoais, a polícia apreendeu com ele menos de meio quilo de maconha.

Como já estava tarde e algumas mulheres haviam chegado detidas pela polícia, os Civis tiveram que colocar Ideilson Porto em uma cela junto com Felício. “Eu cheguei bastante mamado – embriagado – e perguntei o motivo dele estar preso. Ele falou que havia abusado sexualmente de uma criança e eu já fui dando murros e chutes nele. Depois ele gritou e os policiais acudiram ele”, disse Ideilson.

 

Perguntado se estava arrependido de ter aplicado um corretivo no parceiro de cárcere, ele afirma que não, “pois esse tipo de pessoa merece receber uma surra bem dada”. Por fim, Ideilson negou a acusação de ter ameaçado a mulher e ressalta que apenas estava bêbado e saiu de dentro da casa que morava com a parceira no bairro Vila Nova, em Parauapebas.

Além da Lei Maria da Penha, Ideilson vai responder pro lesão corporal contra Felício.

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