No Pará, um botijão com gás de cozinha de 13 quilos pode chegar a custar até R$ 100. É o segundo Estado brasileiro com o valor mais elevado, ficando atrás somente do Mato Grosso, onde se paga até R$ 115 pelo produto. A constatação é de um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no período de 5 a 11 deste mês. Entre os municípios paraenses, o gás mais caro pode ser encontrado no município de Altamira, a R$ 100.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP do Estado do Pará (Sergap), Francinaldo de Oliveira, os constantes reajustes praticados pela Petrobras ocorrem devido a uma nova política de preços adotada pela companhia, que consiste em praticar reajustes mensais tanto no valor do gás de cozinha quanto nos combustíveis, podendoelevar ou reduzir o preço.

Contudo, neste ano, houve somente uma redução. Entre janeiro e setembro, o reajuste nas refinarias foi de R$ 4,44. Quando é feito o repasse aos distribuidores e revendedores, esse valor aumenta devido aos insumos que são acrescidos ao valor repassado ao consumidor. Segundo Oliveira, cada revendedor é livre para estipular o preço que será cobrado do consumidor, já que não existe tabelação.

CUSTOS

“No valor está embutido IPTU, aluguel, mão de obra, aluguel, transporte, manutenção de motocicletas, energia elétrica. Isso é permitido pela legislação como em qualquer outro tipo de negócio”, explica, ao acrescentar que, caso exista uma disparidade de preços, o consumidor deve procurar saber o motivo.

A advogada do Sergap, Camila Souza, ressalta que, caso se sinta lesado devido ao valor cobrado pelo produto, o consumidor pode procurar os órgãos competentes para fazer a denúncia. “Pode formalizar uma denúncia no Procon ou na Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público, por exemplo.”

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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