No mês passado, a Celpa contabilizou 1.391 casos de interrupções no fornecimento de energia elétrica em todo o Estado causados por pipas enroscadas na fiação. O número equivale a uma média de 46,3 ocorrências diárias. Esse registro representa grandes prejuízos para sociedade, deixando várias localidades sem energia ao mesmo tempo, atingindo milhares de residências, escolas e até hospitais.

Ainda de acordo com a concessionária, quem apresenta os piores indicadores é a capital paraense, que já somou mais de 240 casos de falta de energia por causa dos papagaios. Outra cidade que aparece com números preocupantes em relação a ‘brincadeira’ é Ananindeua, onde já foram apuradas 103 situações de falta de luz em junho. Castanhal, Capanema e Bragança, no nordeste do Estado, também apresentam dados que merecem atenção, pois foram registrados cerca de 145 casos nos três municípios apenas neste período.

No sudeste do Pará, em cidades como Marabá, Parauapebas e Tucuruí, chegam a 80 ocorrências ao todo. Agora no mês de julho, a pratica tende a se intensificar, por isso a população precisa ficar em alerta sobre os perigos envolvendo a brincadeira e ainda contribuir para que os indicadores de falta de energia relacionado a pipas não voltem a crescer.

O gerente da área de Operações da Celpa, Leonardo Eustáquio, explica que a empresa atua com medidas preventivas, mas é importante ter o apoio da população. “Nós fazemos manutenções com o uso de espaçadores nos cabos da rede, para que eles não se encostem quando as pipas ficam engatadas nos fios. Mas é essencial o apoio da população para garantir que estes números de interrupções não cresçam ainda mais, sobretudo agora no mês de julho, quando a atividade se intensifica. Por isso nós reforçamos que a brincadeira deve ser praticada bem longe da fiação elétrica”, orienta o gerente.

SEGURANÇA – O risco a vida da população é potencializado caso não sejam tomados os devidos cuidados na hora de soltar as pipas no ar. Para evitar qualquer tipo de acidente, a Celpa orienta que as pessoas empinem os papagaios em campos abertos, com boa visibilidade e longe de fiação elétrica. A concessionária destaca ainda que as linhas cerol (mistura de cola com vidro moído, em alguns casos até com pó de ferro), ao entrar em contato com a fiação elétrica, também pode provocar curto-circuito. O risco de acidentes com cortes, sobretudo, nas pessoas que circulam em motocicletas ou bicicletas é muito grande. Por isso o ideal é empinar as pipas sem linha com cerol.

DICAS:

– Em hipótese alguma usar barras de ferro, pedaços de madeira e materiais condutores para retirar a as pipas da fiação.

– Empinas pipas somente e locais abertos de boa visibilidade, longe da fiação elétrica, como parques, praias, praças ou campos de futebol

– Não utilizar linhas com fios de cobre ou cerol, pois pode causar acidentes graves e até mesmo rompimento de cabos.

– Atenção a motocicletas e bicicletas, pois a linha, mesmo sem cerol, é perigosa para os condutores

– Caso a linha quebre, não correr atrás da pipa sem observar se o caminho é seguro.

– Não soltar pipas em dias de chuva ou relâmpagos.

 

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