A campanha do Paysandu na Série B do Campeonato Brasileiro segue vergonhosa. Em Maceió, na noite desta terça-feira (2), o Papão até atuou de forma satisfatória contra o CSA (AL), mas perdeu gols em excesso. E a máxima ‘quem não faz, leva’ voltou a agir. O time da casa, com Bruno Cabral, acertou um chute de fora da área, de rara perfeição. Foi o único gol da partida, que aumenta ainda mais o drama bicolor. O resultado deixou a equipe paraense afundada na 18° posição, enquanto que o CSA segue na terceira posição.

Para os bicolores, a próxima rodada reserva um confronto decisivo, contra o CRB-AL, no dia 09/10. Será um jogo de vida ou morte.

Papão não se intimidou

Com a obrigação de pontuar, o treinador João Brigatti resolveu alterar significativamente a equipe. E o setor mais impactado foi o meio-campo. Felipe Guedes e Marcos Júnior ganharam vagas na tentativa de deixar o meio-campo mais voluntarioso no aspecto defensivo. A estratégia bicolor envolvia liberar Thomaz da marcação, assim como dar mais liberdade aos laterais. Apesar do excesso de volantes, totalizando quatro, o Papão até teve um bom toque de bola, dando sequência a jogadas ofensivas com velocidade.

Chances

A partir dos 27 minutos, os lances começaram a se transformar em oportunidades de gol. Primeiro, num momento individual de Thomaz que gerou uma assistência precisa, já na área, para Felipe Guedes. O volante, que teve liberdade para encostar no ataque, finalizou, mas o goleiro Frigeri espalmou. Lançado, Thomaz tentou encobrir o Camisa 1, mas Frigeri fez a defesa. Depois, Maicon Silva tentou num chute forte, à media altura, assustando os torcedores do Mutange. Aos 37 minutos, novamente Thomaz. Ele tabelou com Guilherme Santos e o cruzamento do lateral foi escorado por Hugo Almeida, contudo, a finalização não foi precisa.

O adversário

O CSA, por sua vez, não conseguiu impor a superioridade a julgar pela tabela de classificação. No primeiro tempo, o lance mais perigoso do time anfitrião se limitou aos 13 minutos, quando uma conclusão, dentro da área, bateu na mão de Fernando Timbó. O árbitro alegou lance normal. Nos demais momentos, a equipe aceitou a marcação alviceleste e errava, em demasia, a saída de bola. Por sinal, enquanto teve fôlego, o Papão manteve uma marcação alta. O CSA pareceu confuso.

Segundo tempo

Para acrescentar qualidade ao time, o treinador Marcelo Cabo optou por duas alterações no sistema ofensivo. Ganhou em um aspecto: chute de fora da área. Isso porque o Paysandu permaneceu com uma postura ousada, jogando no campo adversário, mas passou a ter erros técnicos. Em um deles, o sistema defensivo deu espaços para Bruno Cabral. Ele acertou o ângulo esquerdo do goleiro Renan Rocha, aos oito minutos. Indefensável.

Nervosismo

A partir do gol do adversário, o time de João Brigatti caiu bruscamente de produção. Não conseguiu jogar pelas laterais, concentrando o seu jogo, quase que exclusivamente, no congestionado meio-campo, sendo, em geral, presa fácil para o CSA. Brigatti observou os problemas, tirando Marcos Júnior e Felipe Guedes, ambos cansados. Romarinho e Pedro Carmona tentaram acender o time. Na última tentativa, Brigatti aumentou a estatura do ataque com a entrada de Lúcio Flávio. O centroavante ainda teve tempo para concluir uma bola, livre de marcação, sem sucesso, porém. O tempo para a reação está curto e a reação não chega. O cenário é desanimador.

Ficha Técnica

Paysandu – Renan Rocha; Maicon Silva, Fernando Timbó, Diego Ivo e Guilherme Santos; Nando Carandina, Felipe Guedes (Romarinho), Renato Augusto e Marcos Júnior (Pedro Carmona); Thomaz (Lúcio Flávio) e Hugo Almeida. Técnico: João Brigatti

CSA (AL) – Frigeri; Celsinho, Leandro Souza, Matheus Lopes e Rafinha; Yuri, Didira, Daniel Costa (Bruno Cabral) e Juan; Neto Berola (Jhon) e Rubens. Técnico: Marcelo Cabo

Local: Estádio Rei Pelé

Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)

Assistentes: Leirson Martins (RS) e Lucio Flor (RS

Cartões amarelos: Marcos Jr, Guilherme Santos e Pedro Carmona (PSC)

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