Mostrando dinamismo no trabalho e bom relacionamento com a imprensa, chega à Parauapebas o major Hugo Cardoso Ferreira para comandar o Quartel do Corpo de Bombeiros. O oficial chegou na terça-feira (13) e já começa conversas afim de se ambientar na Capital do Minério.

O Portal Papo Carajás esteve em conversa com o comandante e abordou temas, como: modo de trabalho, queimadas e fiscalizações a empreendimentos comerciais e festas.

Sobre queimadas

O major estava em Abaetetuba (PA), onde ficou por quatro anos e meio, dois deles como subcomandante do quartel e mais dois anos e meio como comandante. “A transferência entrou em vigor a partir do dia 1º de agosto e minha viagem tava marcada para semana passada, porém teve uma reunião do comando operacional em Belém sobre a operação queimadas que vai ter agora no segundo semestre. Como Parauapebas é a segunda cidade onde mais é registrado focos de incêndio, de acordo com as estatísticas, já fiquei lá e tomei conhecimento de todas as pretensões do comando. Não sei como foi ano passado, pois não estava no comando, mas o que eu posso adiantar é que a partir do segundo semestre é de interesse da corporação e do governo do Estado dar apoio contra esses focos de incêndio. O governador Helder veste a camisa dos bombeiros e nós vamos caminhar com passos mais largos aqui em Parauapebas”.

 

O Papo também quis saber do comandante se não há punição para pessoas que queimam lotes e propriedades aleatoriamente, sem permissão da Secretaria de Meio Ambiente do município. “Ainda não há uma determinação para multar os causadores de incêndios, mas existem projetos bem efetivos a serem desenrolados no Estado, eu sempre levo como exemplo os países de primeiro mundo. Hoje em dia a queimada aqui para limpeza de terreno pode ser autorizada, no Estados Unidos isso não é autorizado, nem como limpeza, é a natureza em primeiro lugar. Então uma proposta que eu vejo como séria é acabar com essa autorização e multar. Se o fazendeiro ou o popular tem uma queimada na sua propriedade e afirma que não é responsável, tá errado, eles são os  responsáveis pela terra ou lotes, devem zelar e fazer a manutenção das propriedades deles. Multar já seria um passo bem grande para alavancar essa prevenção”.

 

“Hoje, os bombeiros não são responsáveis por autorizar queimada, quem pode autorizar isso é a Secretária de meio Ambiente, claro que não é o caso daqui, a maioria das queimadas são sem autorização e para limpar terreno, ou preparar o solo para plantio de uma forma mais barata. Por nós não havia queimadas, mas sabemos que nessa época do ano é complicado. O efetivo dos bombeiros aqui em Parauapebas é muito reduzido e essas ações inesperadas e irresponsáveis nos consomem tempo e energia, para se ter a ideia, a gente está numa escala de 24 horas, mas em outros lugares a escala é de 12 horas, no entanto, somos militares formados para isso, mas também não somos super heróis. Você imagina um plantão de 24 horas com várias ocorrências de menor gravidade, isso cansa demais. Eu sempre digo que os bombeiros devem ficar o máximo de tempo no quartel para aguardar uma grande ocorrência, no caso, um deslizamento de terra, rompimento de uma barragem, ou algo parecido, mas espero que não aconteça”, ressaltou Hugo.

O comandante também elogiou a parceira da Prefeitura para com o Corpo de Bombeiros. Ele foi atendido pelo chefe de gabinete, Roque Dutra, que explanou ao bombeiro a disponibilidade da Prefeitura de Parauapebas em ajudar o Corpo de Bombeiros local nas ações de prevenção.

 

Sobre o funcionamentos de bares, shows e mais

Sobre a questão do funcionamento dos empreendimentos comerciais, shows, bares de modo geral, o major também comentou. “Assumi recente né, mas não gosto de impedir ninguém de trabalhar, costumo ajudar os empresários. Entretanto, quando percebo que essas pessoas não tem muito compromisso com a segurança, isso me deixa chateado, principalmente quando é o grupo F6, formado por festas, bares, boates, casas de shows e mais, esses dão muito problema, então serei extremamente enjoado, pois colocam vidas em risco, pois quase sempre estes ambientes estão lotados de pessoas. Para evitar uma tragédia, serei sim, chato e fiscalizador. Ao mesmo tempo que darei o prazo, irei acompanhando, mas ressalto, gosto que essas pessoas cresçam, para que a cidade também cresça e seja gerado emprego e renda, consequências do trabalho”, finalizou o oficial.

 

 

 

Comentários