Confesso que fiquei surpreso quando soube que teríamos a bela e famosa MAITÊ PROENÇA em Parauapebas! Corri para comprar os ingressos e, só depois, fui pesquisar sobre a “peça” na internet.

Os críticos desceram o pau na montagem, direção, etc… Ou seja, disseram que a “peça” teatral encenada por Maitê é muito ruim. Como já tinha comprado os ingressos, fui lá. O local, um tal de BAHAMAS BEER, onde havia um boliche, continua o mesmo em tudo. Ou seja, péssimo! Contei umas 140 pessoas presentes. Ao entrar, sem fila, muitos correram para tomar assento nas primeiras filas de cadeiras. Encontrei muitos conhecidos e amigos. Então comecei a explorar o local. Vi que tinha lugares livres na parte de cima. Fui para lá, no que fui seguido por alguns espectadores.

Comecei a estranhar o ambiente. Garçons, bar e “restaurante” abertos. Não é normal isto em um local onde vá ser apresentado uma peça teatral. Aí, começou a decepção. Pedi um whisky que disseram ser Jhonnie Walker. Horroroso, amargo, desceu queimando até os cabelos da unha. Pedi uma porção de batata frita com carne de sol. Armaria! Sangue de Jesus na causa. Trouxeram umas coisas cheias de gordura preta e com gosto tão ruim que o sinto na boca até agora. Tentei secar o óleo escuro das batatas. Um pacote de guardanapos depois, eu consegui sujar as mãos, a roupa e tive a impressão que, como Jesus no deserto, o óleo diesel tinha se multiplicado no prato! A carne que era para ser de sol, era de sal! Só de ver, minha pressão subiu! Mas tudo bem. Fui tentar me concentrar no “teatro”!

Outra decepção. Maitê bem que tentou interagir com o público, mas antes da metade da “peça”, eu já estava concentrado no whatsapp. O monólogo apresentado por ela arrancou alguns risos forçados da plateia. O som estava horrível, pouco se ouvia ou se entendia do monólogo. E ainda havia muitos conversando, comendo nas cadeiras. Mas ficamos lá. Dispostos a esperar o momento da selfie com a bela que já foi Dona Beja de Araxá!

Decepção maior. Maitê passou por nós, eu e a namorada. Estávamos bem no caminho dela, impedindo-a de passar. Eu disse: “Oi, Maitê! Muito boa apres…” Nem terminei a frase, ela deu a volta por mim, tirou umas cadeiras para passar e saiu com cara fechada. Segui-a com os olhos e à gordinha que estava com ela. Deveria ser a assistente ou algo parecido. Elas foram para o centro do salão, arrumaram uma cadeira com uma mesa. Uma fila se formou. Era para quem tinha comprado o livro dela, 30 reais! Ela iria autografá-lo e tirar a selfie. Bem feito para mim! Mentir é pecado! Fui mentir dizendo que a apresentação foi boa, deu nisto! Ela sabe que não foi!

Nossa! Eu tinha a plena convicção que Maitê era educada, afinal, morou em vários países, é poliglota, culta. Será que ela representou só para não desrespeitar os poucos mais de 100 que pagaram pra vê-la? Acho que a venda de ingressos não deu nem 10 mil reais! Pela cara dela, apresentar-se num galpão, palco de terceira, som de quarta, atendimento de quinta, com tudo improvisado foi algo que a satisfez?

Saí decepcionado com tudo! Nem olhei para trás! Selfie? Fui ali no “Costa pra rua” tirar uma selfie com as cozinheiras. Elas sorriem e nos tratam bem! Deixemos a mulher de Bath no Bar do Bahamas!

 

 

Opinião publicada no Facebook pessoal do advogado e professor Alípio Mário Ribeiro e reproduzida neste meio de comunicação

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