Ainda que um centro de zoonoses seja relacionado às carrocinhas, nem só de resgatar animais errantes vive esse tipo de espaço. O recolhimento de pets abandonados e doentes das ruas está entre suas funções, ainda assim os centros de zoonoses têm um papel mais amplo, já que contribuem para o controle da propagação de doenças transmissíveis de animais para humanos, as chamadas zoonoses.

Com vistas a resguardar tanto o bem-estar animal quanto a saúde da população, a administração de Darci Lermen abriu licitação para construir, ainda este ano, um dos maiores centros de zoonoses da Região Norte e, certamente, o maior do interior do Pará. É um megainvestimento da ordem de R$ 8,036 milhões em um prédio gigantesco constituído por nove blocos, três dos quais com acesso ao público.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que folheou nesta segunda-feira (28) as 198 páginas do edital de licitação, cuja conferência das propostas comerciais está marcada para o dia 22 de julho. O centro de zoonoses era demanda antiga da população de Parauapebas, sobretudo de ambientalistas e defensores da causa animal, que agora, graças a empenho incansável do prefeito Darci Lermen e do secretário de saúde Gilberto Laranjeiras veem essa obra finalmente sair do papel.

Estrutura interna

O espaço do centro de zoonoses é, ao menos no papel, interessante. Os setores abertos ao público são o laboratório de vacinas, o ambiente de adoção e a administração do centro. Mas também haverá laboratórios (de entomologia e leishmaniose); salas de exames, análises clínicas e análise da qualidade da água; canis individuais e solário dos canis coletivos; gatil e salário do gatil; ambulatório, sala de necropsia e sala de eutanásia; baia de cavalos; ambientes para reuniões e capacitações e muito mais.

O centro ficará localizado na VS-10, em frente ao presídio de Parauapebas, a 460 metros da PA-160, que interliga a Capital do Minério à cidade de Canaã dos Carajás. De acordo com a Secretaria Municipal de Governo (Segov), pasta responsável pela construção do prédio, a unidade de vigilância de zoonoses é vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e será responsável pelas ações e estratégias referentes à vigilância, à prevenção e ao controle de doenças, bem como acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública municipal.

Dados levantados pelo Blog do Zé Dudu junto ao Ministério da Saúde mostram que, este ano, de janeiro a abril, oito parauapebenses foram internados por conta de acidentes envolvendo animais (tanto mordeduras de cães quanto picadas de cobras, bem como acidentes de trânsito com animais solto nas ruas). Foram praticamente duas ocorrências por mês. Durante o ano passado inteiro, o número de internações com as mesmas características foram 12.

 

Fonte: Blog do Zé Dudu

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