O artesanato é um dos meios utilizados para a ressocialização dos internos custodiados na Carceragem de Parauapebas (CP), que participam de um curso de produção de luminárias decorativas. O curso é ofertado pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) em parceria com o Grupo IPÊ de Artesanato, Arte e Cultura do município e tem por objetivo capacitar os internos e promover a reintegração social deles por meio do trabalho.

“Nossa expectativa é de oferecer a esses homens uma oportunidade de aprender algum tipo de artesanato, para que no futuro eles possam aproveitar a experiência, e quem sabe, ter uma forma de renda própria”, explicou a coordenadora, Regiane Souza, coordenadora do Grupo IPÊ.

Durante o curso, os internos aprenderão a confeccionar luminárias em PVC utilizando canos e fios elétricos para a montagem e produção das peças.

Um dos alunos que mais se destacaram no curso foi o interno Matheus Silva, 23, que viu na oportunidade uma forma simples de ganhar seu próprio dinheiro depois que cumprir a sua pena. “Gostei muito de participar do curso, são usados matérias simples que podemos usar e fazer quando sair daqui. Essa oportunidade que a casa penal abriu pra gente nos ajuda a dar um rumo diferente para as nossas vidas lá fora,” falou.

As oficinas de capacitação destinam-se a contribuir para qualificação profissional e desenvolver o potencial criativo dos detentos, mantendo-os produtivos durante o cumprimento da pena. Para participar do curso os alunos passaram por uma triagem onde são avaliados o comportamento e a disciplina dentro da casa penal. As peças produzidas durante os cursos serão comercializadas nas feiras do município de Parauapebas.

“Essa é a segunda fase de cursos e oficinas que promovemos aqui na casa penal. Os primeiros foram de panificação, sandálias e chocolates, estes realizados em parceria com o Senar e a Prefeitura. Agora na segunda fase firmamos a parceria com o Grupo Ipê. O objetivo principal da Susipe é o de ressocializar e integrar esses presos de forma mais digna a sociedade. Esses cursos são rentáveis, e em casa eles podem criar e produzir seu próprio negócio evitando assim a reincidência deles no crime“, concluiu o diretor da Carceragem de Parauapebas, Adalberto Murilo de Souza.

 

Fonte: (Portal ORM)

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