Justificando que alguns setores da educação estão com a base remuneratória defasada há alguns anos, criando distorções e prejuízos para a própria rede, a vereadora Eliene Soares (MDB) apresentou na sessão da última terça-feira (30) a Indicação nº 751/2021, sugerindo que o governo municipal providencie estudo visando efetuar a correção salarial de diretores, vice-diretores e coordenadores de apoio pedagógico, que atualmente recebem menos que um professor da rede pública municipal com duzentas horas.
“Traçando uma média com base em todos os salários dos nossos educadores, verificamos que um professor da rede municipal concursado recebe R$ 7.200 líquidos por 200 horas mensais, enquanto um diretor recebe R$ 6.600 e um vice-diretor R$ 5.300. Na outra ponta, um coordenador pedagógico I recebe R$ 6 mil, ao passo que um coordenador pedagógico II vê ao final do mês, em média, R$ 5.300”, detalha Eliene Soares, acrescentando que essas médias são remunerações com vantagens incluídas e sem contar descontos como os de consignados.
Por essa razão, a parlamentar apresentou a indicação, solicitando que a Prefeitura de Parauapebas providencie estudo técnico, com o devido impacto econômico-financeiro, visando efetuar a correção salarial de diretores, vice-diretores e coordenadores de apoio pedagógico, profissionais com múltiplas responsabilidades e que, ainda assim, atualmente recebem menos que um professor da rede pública municipal.
A legisladora ressalta ainda que a proposta alcança 48 cargos de diretor de escola de ensino fundamental, 34 cargos de diretor de escola de educação infantil, 68 cargos de vice-diretor, 95 cargos de coordenador pedagógico I e 224 cargos de diretor pedagógico II.
“Como nem todos esses cargos estão ocupados hoje, oriento que seja criado um valor de referência atrativo, principalmente para os profissionais de direção escolar, a fim de que eles se sintam motivados a permanecerem sob o comando de nossas preciosas escolas municipais”, sugere Eliene Soares.
A indicação foi lida em plenário, aprovada por unanimidade e encaminhada para ser avaliada pela Secretaria Municipal de Educação.

 

 

 

 

Texto: Waldyr Silva / Fotos: Felipe Borges / AscomLeg2021

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