Há 148 internos infectados com o novo coronavírus no sistema penitenciário paraense, confrma a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap). Não há óbitos entre os detentos. Já são 14 os presos recuperados da doença e o total de casos suspeitos é de 550, segundo apontam as informações atualizadas às 23h30 desta segunda-feira (25). Porém, o balanço da Seap alerta para o avanço da doença entre os servidores: o número é bem maior. Há 490 contaminados (sendo 239 recuperados) e cinco já morreram.

Seap diz que faz ações na Grande Belém.

Nesta terça-feira (26), a Seap informou que prossegue com a ação preventiva de saúde destinada à população carcerária de seis unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém (RMB).O serviço foi retomado nesta segunda-feira (25), no Centro de Recuperação Feminino (CRF).

Ao longo da semana, os atendimentos chegam à Central de Triagem Metropolitana III (CTM III), aos Presídios Estaduais Metropolitanos I, II e III (PEM I, II e III) e ao Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC).

A ação continuará até sexta-feira (29) e visa intensificar o combate à covid-19. Durante as atividades, os internos passam por triagem, que verifica oxigenação, temperatura e os demais sinais vitais dos custodiados.

A partir da avaliação médica, também são feitos testes rápidos e fornecidos medicamentos, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Nas unidades em que ainda não foi concluída a campanha de vacinação contra a gripe, serão aplicadas as vacinas restantes para garantir a imunização de todos.

Foco segue na prevenção

Titular da Diretoria de Assistência Biopsicossocial, Sandra Costa diz que o objetivo da ação é intensificar a prevenção ao novo coronavírus. “Os internos passam por avaliação da equipe de saúde diariamente, para checar os sintomas respiratórios e da Covid-19. Essa é a prevenção. Estamos trabalhando na prevenção para que possamos ter maior controle sobre o coronavirus nas unidades penais”, afirmou.

A equipe responsável pela ação é composta por médicos e enfermeiros das próprias unidades e demais casas penais. Também compõem o corpo de profissionais psicólogos, assistentes sociais e integrantes da Diretoria de Reinserção Social da Seap. Os internos que, por indicação médica, precisem de reforço nutricional, têm o cardápio ajustado e são acompanhados por de nutricionistas.

Além do atendimento voltado ao novo coronavírus, continua o monitoramento de outras doenças, por isso, a ação compreende a atenção básica à saúde, para identificar outros possíveis males, como tuberculose, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), hipertensão, diabete e doenças coronárias, bem como processos gripais decorrentes e outras síndromes.

Assistentes sociais também fazem levantamento quanto à documentação dos internos, para assegurar a emissão de Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cartão SUS. Os prontuários de saúde dos custodiados também serão avaliados e, quando necessário, atualizados.

 

 

 

 

 

Fonte: Dilson Pimentel e foto de Igor Mota/ O Liberal

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